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VIOLÊNCIA CONTRA MULHER
Feminicídio aumenta 300% no RJ: mulheres jovens e negras no RJ são principais vítimas
Redação

Sob governo Bolsonaro e Witzel, feminicídio aumenta 300% no Rio de Janeiro. Violência doméstica, psicológica e sexual crescem e principais vítimas são mulheres, negras e jovens.

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Foto: Jacoblund via Getty Images

Nesta segunda-feira, o Instituto Igarapé lançou a plataforma EVA (Evidências Sobre Violências e Alternativas Para Mulheres e Meninas), onde compila dados sobre a violência contra a mulher no estado do Rio de Janeiro.

Os dados divulgados mostram um aumento de 317% nos casos de feminicídio de 2016 a 2018, sendo que 38% eram jovens entre 15 e 29 anos e negras (64%). Grande parte dos feminicídios foram cometidos por parceiros ou ex parceiros (56%). Além disso, foram 288 tentativas de feminicídio.

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Não é a toa que com o aprofundamento da crise econômica e com o golpe de 2016, bem como com o ascenso da extrema-direita, principalmente centrada na figura de Bolsonaro e seus filhos, violências contra mulheres, e outros setores socialmente oprimidos tenham aumentado vertiginosamente.

Para além do discurso machista da extrema direita, os ataques à educação, à saúde, aos direitos trabalhistas e direitos fundamentais para as mulheres, como creche, mostram uma política reacionária que está a serviço de aprofundar as pésismas condições de vida das mulheres.

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As mulheres negras não são somente as maiores vítimas entre os casos de feminicídio, mas também em relação aos demais tipos de violência registrados: do total de 483.057 casos de violência coletados pelo Instituto, 51% são mulheres negras.

Segundo os dados do Instituto, os principais tipo de violência reportados são: violências físicas (59%), psicológica (2%), sexual (12%) e patrimonial (1%).

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Não somente encabeçam os dados daquelas que mais sofrem com violência e feminicídio, as mulheres negras também fazem parte da maioria dos trabalhadores terceirizados no Brasil, ocupando os mais precários postos de trabalho e sofrendo com a dupla e até tripla jornada, que advém do cuidado do lar e dos filhos.

A reforma trabalhista, a lei da terceirização irrestrita, a reforma da previdência e este novo nefasto projeto "Verde e Amarelo" de Bolsonaro está a serviço de garantir o lucro dos capitalistas e fazer com que a crise seja jogada nas costas dos trabalhadores, e sentida com ainda mais peso pelas mulheres negras.

O racismo estrutural é um grande potencializador da exploração pelos capitalistas, que se apoiam nas opressões tanto para rebaixar as condições de vida de todos os trabalhadores, mas também para sugar até o limite do que é possível o trabalho e o sangue dos setores oprimidos.

Não é possível encarar o racismo, bem como o machismo e suas expressões mais nefastas, dissociando esta luta pela batalha para por fim ao capitalismo.

 
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