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CHILE
Conferência de Imprensa em defesa de Dauno Tótoro
La Izquierda Diario

Uma importante coletiva de imprensa foi realizada nesta manhã com personalidades conhecidas, líderes estudantis e sindicais, organizações de direitos humanos, organizações sociais e deputados da Frente Ampla em defesa de Dauno Tótoro, que foi acusado pelo governo com a Lei de Segurança Interior do Estado.

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Dauno Tótoro, jovem dirigente do Partido de Trabalhadores Revolucionários, juntamente com dezenas de personalidades do mundo artístico e literário, representantes de organizações de direitos humanos e deputados da Frente Ampla, se referiu à denúncia apresentada pelo governo contra ele a partir da Lei de Segurança Interior do Estado, acusando-o de subversão por ter chamado pelo fim do governo de Sebastían Piñera. Esta conferência é acompanhada por milhares de assinaturas em apoio a Tótoro de diferentes personalidades nacionais e internacionais.

Fizeram parte da Conferência de Imprensa as deputadas Camila Rojas (Comunes), Claudia Mix (Comunes), Gael Yeomans (Convergência Social) e Gonzalo Winter (Convergência Social); o renomado ator e comediante Daniel Alcaíno junto ao ator Néstor Cantillana; Emilia Schneider, presidenta da Federação de Estudantes da Universidade do Chile; Carlos Maureira; os renomados jornalistas Javier Rebolledo e Nancy Guzmán; Simón Bousquets, dirigente do sindicato GAM; Josseffe Cáceres, dirigente da ANFUMCE; Williams Muñoz, dirigente do sindicato Komatsu Reman; Raúl Muñoz, dirigente da FENTAS Barros Luco; Antonio Paez e Andrés Giordano, do sindicato Starbucks; Oriana Zorrilla, presidenta do Colegio de Periodistas Metropolitano; os advogados Miguel Schurmann e Marcos Contreras, da Defensoria Jurídica da Universidade do Chile e os meios de informação independentes alternativos, como o Reporteando Sin Fronteras e Telesur. Além desses, o Movimento Anticapitalista e a Assembleia Coordenadora de Estudantes do Ensino Médio (ACES) também estiveram presentes na conferência.

Depois que o 7º Tribunal de Garantia de Santiago julgou improcedente a denúncia apresentada pelo governo de Piñera contra o jovem dirigente do PTR, Dauno Tótoro, por considerar que sua opinião emitida no dia 19 de outubro na assembleia aberta realizada na casa FECH (Federação de Estudantes da Universidade do Chile) se enquadra no legítimo exercício da liberdade de expressão, os advogados de acusação, encabeçados por Jorge Bofill, defensor do ex-comandante do Exército, Juan Emilio Cheyre, que encobre as violações de direitos humanos, anunciaram o recurso à resposta do juiz Daniel Urrutia.

Na entrevista coletiva, Dauno Tótoro apontou a perseguição do governo contra as e os dirigentes sociais e políticos. "Essa força pública atua para prejudicar e punir aqueles que se mobilizam, como disse a Anistia Internacional", disse o jovem dirigente do Partido de Trabalhadores Revolucionários.

"Este governo, juntamente com as Forças Armadas e os Carabineros [Força policial nacional do Chile], são os responsáveis materiais e políticos de assassinatos, estupros, mutilações e repressão de milhões de pessoas que saíram para se manifestar", disse Tótoro. Além disso, ele chamou pela continuação das manifestações: "para fortalecer a convocação feita pela União Portuária para a greve desta segunda-feira".

"Este governo, a polícia e os militares são uma minoria, nós somos uma maioria. Esse esgotamento, esse cansaço com a herança da ditadura não podem esperar, não vão freiar essa raiva com a repressão, por mais que tenham militares, advogados não vão tirar essa energia que se desprendeu nas ruas", disse Tótoro.

A Defensoria Jurídica apontou a brutal repressão e criminalização por parte do governo contra as e os manifestantes: "O importante é que Dauno tenha liberdade para dizer o que pensa e que todos possam dizer o que pensamos. Criminalização não é o caminho”.

Gael Yeomans, deputada pelo 13º distrito pelo Convergência Social, repudiou o governo e disse acompanhar todos e todas que são perseguidos pelo governo: "É inaceitável que o governo aplique a Lei de Segurança Interior do Estado para aqueles que pensam diferente dele. Dauno tem todo o nosso apoio e todo mundo que foi perseguido politicamente ".

Oriana Zorrilla, presidente do Colégio de Jornalistas, chamou a mobilização pelo direito à liberdade de expressão, liberdade de imprensa e direito à pluralidade.
Os dirigentes estudantis e sindicais também repudiaram a aplicação da Lei de Segurança Interior do Estado. "Não deixar passar nenhuma dessas ameaças contra aqueles que nos mobilizamos", disse Antonio Paez, dirigente do Sindicato Starbuks.

Enquanto Emilia Schneider disse: "Essas violações de direitos humanos não são novas, vimos isso na Sala de Aula Segura, com a filtragem de documentos onde as e os dirigentes fomos perseguidos por Carabineros. Hoje, o rechaço às violações de direitos humanos precisa ser irrestrito".

O reconhecido ator Daniel Alcaino sustetou que: "Se essa constituição foi feita em tempos sombrios, como podem nos dizer para ter respeito? Todos nós estamos despertando, somos milhares nas ruas. Hoje somos todos Dauno Tótoro, renúncia [de Piñera] é necessária, assim como que as pessoas tenham o poder de decisão”.

A conferência de imprensa terminou com a saudação da deputada argentina do Partido de Trabalhadores Socialistas, Miryam Bregman, que se referiu à repressão generalizada do governo de Sebastian Piñera: "É mais uma amostra dos pilares do Pinochetismo e uma amostra clara de uma mensagem de intimidação a todos os que lutam contra Piñera. Exigimos o fim da lei de Segurança Interior do Estado”, disse Bregman.

Frente às perguntas sobre a convocação à greve geral para que o governo caia, Dauno Tótoro disse: "Essa força é a força da classe trabalhadora no Chile, é a força dos mineiros, dos trabalhadores florestais e dos portuários, estes últimos que já fizeram esta convocação de greve para a próxima semana à qual nos integramos. Se essa grande força dos e das trabalhadores realmente se coloca em movimento, temos que ativá-la e desafiá-los a avançar pelo que as ruas estão demandando hoje: a renúncia de Sebastián Piñera e a conquista de uma Assembleia Constituinte livre e soberana ", afirmou Tótoro.

Embora o governo tenha anunciado que está coletando dados para criminalizar e perseguir as e os manifestantes com mais denúncias, a resposta a essa medida foi uma forte rejeição nacional e internacional retumbante, expressa nas mais de 1500 assinaturas coletadas em um único dia.

 
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