Na tarde desta sexta-feira (22), o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), anunciou que irá fazer o corte no ponto dos professores do Magistério que estão em greve. Em um tom de ameaça disse que está disposto a negociar uma “compensação relativa” aos dias em que ficou paralisado, mas afirmou que seria descontado os dias paralisados e que a partir de segunda “não haveria mais conversa”. Mostrando um brutal ataque ao direito de greve que os trabalhadores da educação tem em lutar pelo seus direitos.
Desde o dia 18, os professores do Estado iniciaram uma greve contra o Pacote de ajustes neoliberais de Leite que irá mexer diretamente no salário e direitos dos servidores gaúchos. Entre os brutais ataques está a alteração no Plano de Carreira dos servidores. O mesmo plano que Leite afirmou essa semana de forma hipócrita que é a causa para os professores terem chegado as condições que estão hoje, sendo que ele e Sartori são os responsáveis pelo atraso e parcelamento que os professores e servidores do Estado vem sofrendo nos últimos 4 anos. Entre outros ataques está o fim das vantagens temporais (triênios, quinquênios e avanços), Redução das férias remuneradas para 30 dias, sem reajuste salarial por tempo indeterminado,ataque direto ao direito dos servidores se organizar sindicalmente, entre outros.
O pacote de maldades de Leite irá promover severos ataques aos servidores do Estado no intuito de descarregar a crise capitalistas nas costas dos trabalhadores. E de forma cínica afirma que que a greve dos professores no fim do ano é uma greve “sem justificativa” e por isso ameaça os trabalhadores da educação com corte de ponto. De justificativa, os professores têm bastante, e é totalmente legítimo que os professores sigam nessa mobilização onde já tem mais de 1.000 escolas paralisadas. E que esse movimento se massifique e que se junte com outras categorias do funcionalismo. Assim como deve se juntar na luta com estudantes que vêm sendo o setor mais ativo contra os ataques de Bolsonaro e o desmonte na educação, e que seguem se somando nas mobilizações de apoio aos professores estaduais.
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Para demonstrar força nessa luta contra Leite, é preciso prestar todo apoio aos servidores, unindo estudantes e demais trabalhadores para barrar os ataques e fazer com que os capitalistas paguem pela a crise que eles mesmo causaram.
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