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Hipocrisia: Leite diz que plano de carreira é a causa da situação precária dos professores
Redação Rio Grande do Sul

Em sua reunião com empresários nesta quarta (20) na Federasul, Eduardo Leite defendeu seu pacote de ataques aos direitos dos servidores e professores do Estado e afirmou que "plano de carreira fez com que professores "chegassem nessa condição".

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Foto de Giulia Cassol do Sul21

Em sua visita a Federasul (Federação de Entidades Empresariais do Rio Grande do Sul), o governador Eduardo Leite afirmou que o Plano de Carreira dos servidores públicos no qual ele que atacar ferozmente através do seu Pacote, foi o que “fez com que professores chegassem nessa condição”. Leite tenta utilizar o plano de carreira como sendo a razão para que pague parcelado e atrasado os salários dos servidores do Estado, e com esse discurso demagógico tenta justificar que retirando esses direitos irá resolver a precarização que os professores e o funcionalismo público vem sofrendo ao longo dos anos. Com esse discurso, Leite solicita que os professores continuem dando aulas e que “admitam dialogar sobre revisão nas carreiras”.

Leia também: Professores em greve protestam em encontro de Leite com empresários

Os ataques que Leite enviou com seu Pacote de ajustes para Assembleia Legislativa, são extremamente brutais contra os servidores. Além de fazer uma revisão no Plano de Carreira, irá promover outros ataques como o fim das vantagens temporais (triênios, quinquênios e avanços), Redução das férias remuneradas para 30 dias, sem reajuste salarial por tempo indeterminado, ataque direto ao direito dos servidores se organizar sindicalmente, entre outros.

Confira na íntegra o Pacote aqui.

A greve dos professores tem tido bastante adesão dos trabalhadores, até ontem, segundo levantamento do CPERS, mais de 1.000 escolas já aderiram à greve. 601 totalmente paralisadas e 575 aderiram parcialmente, totalizando 1.176 escolas aderidas. Segundo o Sindicato já são cerca de 70% dos trabalhadores em greve por todo o Estado.

Os ataques de Leite é uma continuidade dos mesmo ataques que Bolsonaro, Guedes, Maia e o Congresso estão implementando a nível nacional, para descarregar a crise em cima dos trabalhadores e salvar o lucros dos capitalistas. Enquanto Leite quer retirar direito dos trabalhadores, continua mantendo isenções bilionárias as grandes empresas, e também segue sem cobra os impostos sonegados por empresas gaúchas como a Gerdau e a RBS. A crise que o Estado do Rio Grande do Sul vem atravessando há anos, não é culpa dos trabalhadores, muito menos dos professores e demais servidores que tiveram seu direito ao plano de carreira conquistados com anos de lutas. A culpa da crise é dos próprios capitalistas que criaram ela, e agora criam um plano de ajustes neoliberais para atacar os direitos dos trabalhadores e fazer com que eles trabalhem até morrer em serviços precarizados para salvar o lucros dos grandes empresários.

Frente a todos os ataques que vem contra os trabalhadores pelos governos do Estado e nacional, é preciso aumentar as mobilizações e fazer com que os capitalistas paguem pela crise que eles mesmos criaram, e não os trabalhadores e preparar um plano de lutas sério contra Leite, ganhar o apoio da maioria da população e buscar ações unitárias entre as distintas categorias afetadas e demais setores da classe trabalhadora e da juventude, construindo uma forte greve geral no estado contra o projeto neoliberal de Leite e Bolsonaro. Para demonstrar força nessa luta contra Leite, é preciso prestar todo apoio aos servidores, unindo estudantes e demais trabalhadores para barrar os ataques.

 
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