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REFORMA TRIBUTÁRIA
Reforma Tributária taxa arroz e feijão, e grandes fortunas seguem isentas de imposto
Redação

Depois de meses de suspense e após a promulgação da Reforma da Previdência, a equipe do governo responsável pela Reforma Tributária deu entrevista sobre seu projeto. Logo esse mês querem enviar o primeiro pacote de maldades que aumentará o imposto sobre os alimentos e transportes, enquanto isso, ficam calados para garantir que as grandes fortunas permaneçam isentas.

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Em entrevista para o jornal O Estado de São Paulo, o secretário da Receita Federal, José Barroso Tostes Neto, explicou como será o projeto de Reforma Tributária proposto pelo governo. Ele se soma a dois outros projetos já em análise na Câmara dos Deputados que já estão a um tempo sendo analisados, mas ainda não foram apadrinhados de fato para percorrerem os diversos comitês e votações. Nenhum dos projetos, inclusive o do governo Bolsonaro, sequer cita uma proposta de taxação das grandes fortunas.

Na entrevista para o jornal o secretário explicou que ainda esse mês enviará a primeira de quatro partes de uma nova proposta de Reforma Tributária. Na primeira parte serão unidos o PIS (Programa de Integração Social) e o Cofins (Contribuição para o Financiamento de Seguridade Social). Esses dois impostos são cobrados sobre o consumo, quando há a compra de um produto especificamente, e atualmente são mais altos ou mais baixos dependendo do tipo do produto, sendo que produtos como arroz estão isentos desde 2004.

Na proposta do governo haverá uma mesma cobrança para todos os produtos, entre 11 e 12% do valor do produto, isso impactará enormemente a classe trabalhadora e os pobres, que gastam mais com alimentação em relação ao que ganham. Essa tributação também afetará toda a cadeia de transportes, aumentando gasolina, diesel e etanol e impactando nas tarifas de transporte das cidades brasileiras, novamente, quem pagará a conta serão os trabalhadores e os pobres.

Essa proposta é mais simples aos olhos do Legislativo e dos grandes empresários pois pretende acabar com as mais de 100 diferentes taxações de PIS e Cofins, o que gera custos e demora a ser calculado, por isso será a primeira parte a ser apresentada. Mas para a classe trabalhadora e para quem conta cada centavo para comprar um pacote de arroz é uma maldade sem tamanho cobrar até 40 centavos a mais por um quilo de arroz em prol de uma simplificação contábil.

As outras partes da Reforma Tributária incluirão ICMS e Imposto de Renda, mas nesses pontos, que afetam diretamente grandes empresários, banqueiros e os próprios políticos que vivem com salários altíssimos pagos pela população, o governo será mais delicado ao tratar de mudar impostos para esses setores.

Além de buscar o aumento de impostos para a classe trabalhadora, o governo faz coro com todas as outras propostas em curso na Câmara e sequer citou a tributação de grandes fortunas, que não entram no Imposto de Renda pois seria uma taxação sobre quem já tem muito, não necessariamente quem ganhou no ano, como o imposto de renda faz. Essa proposta mínima, já aplicada inclusive nos Estados Unidos, mostra como o governo busca descarregar a crise nas costas da classe trabalhadora enquanto propõe taxar até desempregados. Querem aumentar o arroz e feijão para manterem mansões e carrões de luxo!

Seria necessário não só taxar as grandes fortunas, bem como aumentar os impostos sobre os lucros bilionários de grandes acionistas para que se possa garantir saúde e educação públicas e de qualidade. Hoje, além de massacrar com impostos a classe trabalhadora, o governo também destina trilhões para a ilegal e fraudulenta Dívida Pública, é necessário que paremos de pagar por essa fraude e que os recursos do Estado sejam direcionados para as necessidades do povo trabalhador e pobre.

 
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