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GOLPE NA BOLÍVIA
"Abaixo o golpe na Bolívia, protagonizado pela direita racista contra a população indígena!"
Marcello Pablito
Trabalhador da USP e membro da Secretaria de Negras, Negros e Combate ao Racismo do Sintusp.

Enquanto no Equador e no Chile os levantes populares trouxeram o protagonismo das populações indígenas e seus símbolos, na Bolívia o movimento "cívico" queima bandeiras Whipala, símbolos dos povos originários quíchuas e aimarás. Liderados por um direitista ultraconservador o imperialismo busca, através de um golpe de Estado racista, dar uma resposta reacionária ao ascenso da luta de classes na região.

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Ontem assistimos a consolidação do golpe na Bolívia, um golpe que mais uma vez tem por detrás movimentações do imperialismo ianque para impor mais um de seus governantes fantoches, através do líder da oposição Luis Fernando Camacho.

Líder do movimento dito "cívico" Camacho é um empresário direitista e ultraconservador. Ontem após a renúncia de Evo Morales, Camacho protagonizou a grotesca cena em que lia a carta de renúncia junto da Bíblia sob a bandeira boliviana no Palácio de Quemado, sede do governo boliviano.

É este fundamentalismo religioso à serviço dos interesses imperialistas que chega ao poder com o golpe, apoiado pelas forças militares. Durante os protestos do movimento cívico foram queimadas bandeiras Whipala, símbolo dos povos originários bolivianos, os quíchuas e os aimarás. Além disso, diversas lideranças sindicais foram ameaçadas por bandos direitistas.

Uma reportagem do jornal boliviano El Periodico revelou áudios que comprovam articulações de políticos e militares bolivianos com políticos imperialistas - nominalmente senadores republicanos como o reacionário Ted Cruz - junto com o governo Bolsonaro (é mencionado uma "homem e confiança de Bolsonaro") e igrejas evangélicas arquitetando o golpe. Nos áudios já está presente o plano de se valer da acusação de fraude nas eleições para fomentar os protestos.

Leia mais: Bolsonaro e igrejas brasileiras são citadas como apoio ao golpe de Estado na Bolívia

O retorno da luta de classes na América do Sul, com massivos levantes populares no Equador e no Chile colocando em xeque governos neoliberais, provoca agora a reação do imperialismo que não quer aceitar tantas derrotas no seu pátio traseiro. É evidente o contraste entre os levantes no Equador protagonizados pelas populações indígenas, assim como a sempre marcante presença da bandeira Mapuche nos protestos do Chile, com o protagonismo da polícia e da direita racista nos atos que resultaram no golpe.

A esquerda brasileira precisa repudiar a intervenção imperialista na Bolívia, que sob um golpe cívico militar e religioso busca recuperar posições contestadas no restante do continente, por isso convocamos e estaremos presentes nos protestos por todo o Brasil contra o golpe reacionário e racista na Bolívia.

Bolívia: Abaixo o golpe cívico militar religioso!

 
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