Depois da decisão do STF e da confirmação da liberdade do Lula, Bolsonaro conservou um longo tempo calado. Coube aos filhos presidenciais reagirem primeiro criticando a decisão do STF. Apenas no dia de hoje, o presidente compartilhou um posicionamento seu no perfil do twitter.
Para quem esperava uma reação irada do presidente, atacando a decisão do STF e seus ministros, a fala de Bolsonaro foi bastante calculada. Ele deixou de lado as críticas ao STF, que povoaram as redes sociais bolsonaristas, e buscou se dirigir a um público maior do que sua própria base, afirmando que eles são maioria. Por isso os vários afagos a Moro, e a prestação até de um tributo, retomando o papel decisivo do atual ministro para a consolidação do golpe e a prisão de Lula - "...
se essa missão não fosse bem cumprida eu também não estaria aqui...".
O único ataque, como não podia deixar de ser da sua parte, foi em direção a Lula - "Não dê munição ao canalha". Com Lula em liberdade, Bolsonaro pode retomar a posição de líder do espectro anti-petista, amalgamando uma base muito maior do que a sua. Por isso, o intuito não é centrar fogo no STF, papel que pode repassar a seus filhos, mas retomar a cabeça dessa reação que pode ressurgir a partir da liberdade de Lula.
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