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BRASIL VOTA POR EMBARGO A CUBA
Brasil se aliará a EUA e Israel votando por embargo a Cuba pela primeira vez sob Bolsonaro
Redação

Pela primeira vez desde 1992 o Brasil irá se submeter à posição dos EUA na ONU votando a favor do embargo econômico a Cuba. Apenas Israel acompanhava os EUA na votação.

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Ernesto Araújo deu a ordem para mudar o posicionamento brasileiro que, desde 1992, quando ocorreu a primeira votação na ONU exigindo o fim do embargo econômico a Cuba, era favorável a que acabasse o bloqueio imposto pelos EUA desde a revolução de 1959 e é fonte de uma brutal opressão contra o povo cubano.

A decisão, evidentemente, parte de Jair Bolsonaro, que, com ela, coloca o Brasil no restrito bloco de apoiadores da política estadunidense: além do Brasil e dos próprios EUA, apenas Israel se posiciona contrária ao fim do embargo econômico. Contudo, como os EUA possuem poder de veto no Conselho da ONU, o bloqueio econômico permanece.

A posição ultrarreacionária do governo brasileiro está alinhada a seu discurso ideológico de condenar o governo cubano, que em 1959 enxotou o imperialismo e – em que pese a ditadura castrista que sufocou qualquer tipo de democracia dos trabalhadores cubanos – criou o único Estado sem propriedade privada na América Latina até os dias de hoje. A revolução cubana, que inspirou revolucionários de todo o mundo, é um símbolo de luta mortalmente odiado por direitistas como Trump e Bolsonaro.

Contudo, não se trata de que a ONU seja “humanitária” e defensora dos direitos dos cubanos. O bloqueio econômico existe desde que ocorreu a revolução cubana, em 1959. Apenas em 1992 a ONU passou a condenar formalmente, votando todos os anos a resolução que é, contudo, vetada sem nenhuma oposição real por parte dos países que constituem o organismo. Há 27 anos a ONU vota suas resoluções de gaveta contra o embargo em Cuba, e os governos brasileiros sempre seguiram a maioria, passando por Collor, FHC, Itamar, Lula, Dilma e Temer. Do ponto de vista da burguesia, trata-se também de outra estratégia para enfraquecer o regime da ilha.

Contudo, a mudança de postura do Brasil a partir de Bolsonaro não deixa de ser expressiva do extremo reacionarismo do governo, bem como de sua submissão mais servil e lacaia ao governo de Trump e aos EUA.

 
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