Imagem: EBC
Alguns, como Ciro Gomes, comemoram o fato de que a Petrobras arrematou a maior parte do megaleilão do Pré-sal no leilão ocorrido hoje (6), mas por meio dos acionistas estrangeiros e com os royalties usados prioritariamente para pagar a dívida pública da União, estados e municípios, nosso petróleo continuará enriquecendo o capital imperialista.
A Petrobras está gerida de acordo com o objetivo de gerar o máximo de lucros para seus acionistas privados, muitos deles estadunidenses. A própria destinação dos royalties também está comprometida com o pagamento da dívida pública.
Somente estes dois fatos são suficientes para concluir que somente com uma Petrobras 100% estatal sob gestão dos petroleiros e controle da população será possível que nosso petróleo sirva para melhorar a condição da população trabalhadora do Brasil.
Mas não é o que fazem diversos setores que comemoraram o resultado do leilão ocorrido hoje. Ciro Gomes, por exemplo, publicou em suas redes sociais:
Comemorar que não conseguiram entregar “totalmente” o petróleo? Mas a verdade é que a privatização do petróleo já vem desde os governos do PT e foi acelerada por Temer e Bolsonaro, e para reverter essa situação será necessário muito mais do que a atuação midiática e eleitoral que Ciro vem levando à frente, buscando acordos e frentes parlamentares com partidos golpistas e da direita.
A comemoração da “luta” que Ciro diz que “valeu muito” na verdade esconde a traição das centrais sindicais, como a CUT e a CTB, dirigidas por PT e PCdoB, que não organizaram nenhuma mobilização contra o megaleilão do Pré-sal, assim como deixaram ser aprovada a Reforma da Previdência recentemente.
Os planos do governo Bolsonaro certamente são de uma aceleração da privatização dos demais campos, refinarias e recursos. E sem uma mobilização e um plano de luta à altura de barrar estes ataques, unindo a juventude aos trabalhadores, só nos restará comemorar derrotas.
Nossa batalha deve ser por uma saída que atenda aos interesses dos trabalhadores e do povo, contra qualquer privatização das nossas riquezas naturais, contra as reformas e ataques do governo, por uma Petrobras 100% estatal, gerida de forma democrática e transparente pelos petroleiros, com o controle da população, para impedir o roubo das nossas riquezas pelos grandes empresários e também qualquer forma de corrupção.
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