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DESIGUALDADE NO BRASIL
Brasil atinge recorde de número de pessoas que vivem na miséria, mostra pesquisa do IBGE
Redação

13,5 milhões de pessoas vivem em condição de extrema pobreza no país, maior número até o momento.

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Imagem: Paula Fróes/BBC

Em 2018, o Brasil atingiu seu recorde de números de habitantes na miséria, são 13,537 milhões de pessoas que vivem na extrema pobreza, segundo pesquisa divulgada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). A classificação utilizada pelo Instituto para computar o número de pessoas miseráveis foi a mesma do Banco Mundial, que leva em consideração a população que vive com menos de R$145 mensais.

O programa voltado para a redução da extrema pobreza no país, o Bolsa Família, só atende famílias que recebem até R$89 mensais. Ou seja, mesmo sendo contempladas com o Bolsa Família, as famílias assistidas ainda estarão em situação de miséria segundo a classificação do Banco Mundial.

Não é à toa que Bolsonaro e Guedes vêm atacando o IBGE desde do começo do ano, com a célebre frase do Ministro da Economia quando questionado sobre a redução do Censo para 2020 e o corte de pesquisas: “Se perguntar demais você vai acabar descobrindo coisas que nem queria saber”. As pesquisas só evidenciam as contradições do capitalismo e a crise que assola o sistema, crise esta que é descarregada nas costas dos trabalhadores, principalmente na população negra e pobre, que é a mais afetada pela extrema pobreza.

O total de miseráveis no País vem crescendo desde que começou a crise, em 2015. Em 2014, 4,5% dos brasileiros viviam abaixo da linha de extrema pobreza. Em 2018, esse porcentual subiu ao patamar recorde de 6,5%. Em quatro anos de piora na pobreza extrema, mais 4,504 milhões de brasileiros passaram a viver na miséria, a maioria deles era de cor preta ou parda.

Em 2018, 25,3% da população brasileira estavam abaixo da linha de pobreza, 52,5 milhões de pessoas. Em relação ao pré-crise, o País tem mais 6,706 milhões de pessoas na pobreza. Pretos e pardos são 75% dos miseráveis no país. Bolsonaro, junto com Witzel e sua polícia racista, mostra cada vez mais que quem paga pelas crises do capitalismo é a população preta e pobre, que não só morre de fome, mas também morre todos os dias nas ruas, vítimas de um Estado genocida.

Não basta o Brasil ter uma parcela da população que vive com menos de R$145 mensais maior do que toda população da Suécia, Bolsonaro fecha os olhos para o problema, como mostrou em um café da manhã com correspondentes internacionais em julho, em que afirmou: “Você não vê gente mesmo pobre pelas ruas com físico esquelético como a gente vê em alguns outros países pelo mundo”. Além de negar, Bolsonaro e sua corja planejam cada vez mais ataques contra a classe trabalhadora que aprofundam a miséria, como é a Reforma da Previdência, a MP881 e, mais recentemente, os ataques de Guedes com o “pacotão de ajustes”, que visa abrir espaço para as privatizações.

Só a auto-organização da classe trabalhadora, em unidade com a juventude, é que pode dar uma resposta efetiva a esse sistema que a cada crise gera mais miséria e sofrimento. Defender o não pagamento da dívida pública, que é ilegal e fraudulenta, e que esse dinheiro seja redirecionado à população que está no ápice da extrema pobreza.

Fonte de informações: Agencia Estado

 
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