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CRIME AMBIENTAL
Enquanto Bolsonaro ignora, mancha de óleo na costa do Nordeste chega até 55km de extensão
Redação

O Laboratório de Análise e Processamento de Imagens de Satélite (Lapis) da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) diz ter identificado uma mancha característica de óleo, na região sul da Bahia, com 55 km de extensão e 6 km de largura, a uma distância de 54 km da costa do Nordeste.

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Na manhã dessa terça (30), um grupo de pesquisadores do Laboratório de Análise e Processamento de Imagens de Satélite (Lapis), da Universidade Federal de Alagoas (UFAL), afirmam que registraram em imagens de satélite uma grande mancha na região sul da Bahia que pode indicar a origem do vazamento de óleo que assola as praias do Nordeste.

Segundo Humberto Barbosa, meteorologista da Ufal e coordenador do Lapis, o grupo de pesquisa vem acompanhando a trajetória dos óleos vazados há mais de 60 dias, e na segunda dessa semana conseguiram registrar uma grande mancha na região sul da Bahia com uma extensão de 55km com 6km de largura, numa distância de 54 km da Costa do Nordeste. Seguindo a trajetória dessa mancha, os pesquisadores elaboraram a hipótese de que o óleo vazado possa estar surgindo abaixo da superfície do mar, tendo como causa um grande vazamento em minas de petróleo na região de exploração do pré-sal, localização próxima à costa assoladas pelos piches de óleo.

Segundo mapeamento da Agência Nacional de Petróleo (ANP), a região analisada pelos pesquisadores está sim perto da área de exploração do petróleo.

Contudo, a Marinha afirma que a mancha encontrada pelos satélites não só dos pesquisadores de Alagoas, como também dos da UFRJ, não se constituem em óleo, alegando apenas que o caso é “inédito” para tirar conclusões antecipadas. No entanto, com toda a demora das Forças Armadas para agir, especialmente sob as ordens do governo Bolsonaro, a afirmação não acaba tendo tanto crédito assim.

Meses antes, mesmo com os desastres ocorridos em Mariana e Brumadinho, Bolsonaro resolveu numa canetada abolir a comissão de emergências naturais na sua reforma ministerial. Quando o problema surgiu, e segundo relatórios do IBAMA, o governo e as Forças Armadas negligenciaram os comunicados que a instituição estava fazendo há 33 dias! E para não ficar nisso, o governo Bolsonaro ainda impediu que a Petrobrás fornecesse mais gente para atuar na retirada do óleo, entre muitas outras falhas de caráter técnico para situações de desastre ambiental.

No entanto, nesta última terça (29) surge especulações mais concretas que podem indicar a causa do desastre como mais um para botar na conta das grandes empresas de extração de recursos minerais. A Petrobrás, apesar de ser estatal, também é uma empresa de capital misto, e muito de seus poços de exploração, inclusive do pré-sal, foram e serão compradas por multinacionais ligadas às potências imperialistas. Convém lembrar que dias atrás foi realizado um megaleilão das reservas de petróleo, entregue de mãos beijadas para as empresas imperialistas explorarem as riquezas de nossa terra.

Especulações à parte, é preciso denunciar a demora do governo Bolsonaro em responder com eficiência e rapidez para resolver o problema do vazamento do óleo nas areias, nos mares e nos biomas existentes da região, afetando não apenas a vida natural, mas a economia de toda uma região em que muitos trabalhadores dependem da pesca e do pequeno comércio para sobreviverem.

 
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