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ABSURDO
PCdoB vota 100% junto de Bolsonaro para entregar Alcântara aos EUA
Redação

O PCdoB votou 100% favorável a entrega de Alcântara aos EUA.

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O governador Flávio Dino com o general e vice-presidente Mourão

O partido que dirige a UNE e a Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) votou 100% favorável à entrega de Alcântara aos EUA. A orientação partidária, como destacado em site da Câmara foi de votar favorável. E essa orientação foi seguida à risca pelos 7 deputados do partido presentes.

Fizeram mais que isso, foram entusiásticos defensores, fazendo discursos favoráveis e atuaram para ajudar Bolsonaro em negar a violenta remoção de quilombolas que está prevista. A própria Câmara de Deputados destaca o discurso do deputado maranhense Márcio Jerry: “O deputado Márcio Jerry (PCdoB-MA) afirmou que não está prevista nenhuma remoção. “Não está dito em lugar algum que as comunidades serão remanejadas. Temos um apreço pela soberania e pelos quilombolas, por isso votamos a favor do projeto para que haja desenvolvimento regional no Maranhão”, declarou.

O PCdoB carrega o nome de comunista somente em seu nome, mas só aí, sua atuação tal como de outros governadores do nordeste (PT, PMDB, PSB) foi de barganhar recursos da mega-privatização do pré-sal (a chamada cessão onerosa) por apoio à Reforma da Previdência, mesmo que tenha feito isso de forma menos declarada do que fizeram alguns governadores do PT. Essa política esteve intrinsecamente ligada a sua atuação no movimento de massas, seja entre estudantes seja entre trabalhadores, atuando para isolar a luta dos estudantes contra os cortes da luta contra a reforma, e para conter essa luta dentro de marcos que não extravasassem pontuais atos simbólicos e cada vez mais fracos. Em mais de um mês deixaram universidades que entraram em greve contra o Future-se e os cortes, como a UFSC ,isoladas, sem uma mínima campanha de solidariedade.

Na defesa do entreguismo de Bolsonaro a Trump o deputado Márcio Jerry também escancara uma lógica etapista que é compartilhada por todos grupos políticos de origem stalinista, mesmo aqueles que buscam mostrar maior combatividade que o PCdoB. Na defesa citada acima ele separa o “desenvolvimento” do Maranhão da soberania nacional, dos direitos dos trabalhadores e quilombolas, questões que ficam relegadas a um futuro longínquo, repetindo em forma mais atenuada e diluída o velho mantra de primeiro "revolução burguesa", depois algum dia socialista.

A odiosa agenda de reformas e ataques sendo votada na Câmara e no Senado precisa ser vivamente denunciada, bem como o papel cumprido por partidos como o PT e PCdoB que tem ajudado Bolsonaro a aprova-las sem nenhum enfrentamento, como vimos na Reforma da Previdência aprovada ontem, ou até mesmo com seus 7 votos como fez o PCdoB na entrega de Alcântara. Com a luta dos trabalhadores e dos indígenas do Equador, da juventude e dos trabalhadores do Chile vemos um exemplo contrário. É possível superar esses freios e se enfrentar com os ataques dos capitalistas e seus governos, é possível derrota-los, para isso teremos que superar os falsos amigos dos trabalhadores e da luta contra o imperialismo.

 
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