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VIOLÊNCIA RACISTA
PM de Dória utiliza "favela" como alvo em treinamento
Redação

As imagens, postadas na página do Facebook do Batalhão de Ações Especiais de Polícia de São José do Rio Preto, mostram PMs do 9° Baep atirando contra alvos com a inscrição "favela". Um dos PMs atira a queima roupa. As fotos são uma demonstração cabal da vocação racista, elitista e sanguinária da polícia militar, especialmente no governo de João Dória.

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Imagens postadas esta semana no Facebook do 9° Batalhão de Ações Especiais de Polícia (Baep) mostram PMs participando de um treinamento, no qual condições "reais" são simuladas para a prática de tiro dos policiais. Na chamada "pista" tapumes dispostos em um campo formam o cenário de treino. No central, no qual a palavra "favela" está pintada em grandes letras brancas, um policial é visto atirando a queima roupa, enquanto ouve instruções de um oficial.

O Baep é uma agrupação da PM que funciona como a ROTA (Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar) no interior do Estado. A expansão dos Baeps, criados em 2014 pelo PSDBista Geraldo Alckmin, é parte das promessas de campanha de João Dória, que já abriu seis novas unidades desde o início do ano, dentre elas o 9° batalhão - de São José do Rio Preto - que recentemente, em um espaço de dez dias assassinou pelo menos 10 pessoas em ações polícias, todos em comunidades.

A reportagem do portal Ponte entrou em contato com Débora Maria da Silva, das Mães de Maio, que teve a dizer “é a política do ódio, de ter ódio do outro, da pobreza. Está faltando humanidade. E a dita sociedade ‘do bem’ aplaude isso. Se eles ouvissem e dessem oportunidade para a periferia, saberiam que a solução para isso tá na periferia. Na quebrada não tem só quem pratica ato ilícito, muito pelo contrário. Eles acham que o inimigo está ali, mas não está. O inimigo está na falta de acesso, que deixa a juventude sem sonho. A gente tem visto o futuro do brasil dentro do cemitério e dos presídios”.

O método de treinamento é uma demonstração clara do que é o objetivo expresso da polícia militar, e de para quê seus oficiais são treinados: criminalizar a pobreza. A polícia militar paulista, com seu histórico sanguinário e racista, acumulando tragédias humanas como a massacre de Carandiru é cujos índices de letalidade cresceram enormemente, em níveis recorde, sob a gestão de João Dória, é treinada para se ver como um exército, com o objetivo de invadir a favela atirando e matar em grandes números o povo pobre e negro. Trata-se de uma política deliberada de Estado de repressão da pobreza a miséria social criadas pela crise capitalista, enquanto mantém subjulgada a classe trabalhadora, hiper explorada e precarizada para pagar com seu suor e sangue a crise dos ricos, não importando, para isso, o custo em vidas humanas.

Segundo texto no site do governo do Estado de SP, manifestando a intenção do governo de inaugurar 22 unidades da Baep em todo o estado, “as unidades especializadas foram criadas para combater o crime de maneira mais ostensiva em todo o Estado, já que as equipes atuam de forma semelhante aos padrões do policiamento de Choque”. A referência ao assassino departamento de polícia do Rio comumente envolvido com chacinas do Estado e manifestamente formado para reprimir o direito de manifestação não é por acaso. Já atualmente a PM Paulista é responsável por um terço dos assassinatos no Estado.

 
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