Contra novos ataques a educação e aos direitos dos trabalhadores e contra o corte de ponto, mais uma vez os professores do Rio Grande do Sul vão paralisar as aulas.

O governo estadual de Ivo Sartori descontou em média cinco dias de greve da folha de pagamento dos professores, em função da greve que durou cerca de 17 dias contra o parcelamento dos salários. Aos parcelar os salários dos servidores públicos e aplicar uma série de ataques às aposentadorias, além do aumento de impostos, o governador tenta fazer os trabalhadores e o povo do Rio Grande do Sul pagar pela crise que atravessa o estado.

A posição do sindicato até agora foi de que os professores irão se recusar a repor as aulas até que o governo se comprometa a pagar todos os dias de greve. Segundo declarações do governo ao jornal Zero Hora nesta segunda-feira, a tendência é que o governo aceite nesta terça-feira rever o corte de ponto.

Além disso outras duas medidas de ataque podem ir a votação. Uma que reduz o teto de despesas do governo com o pagamento de dividas judiciais em até R$ 5,5 mil. Essas dividas dizem respeito fundamentalmente a processos trabalhistas movidos por servidores estaduais. Se aprovada, essa medida significara uma forma de calote destas dividas trabalhistas.

A outra medida, visa alterar a forma de escolha do diretor, da equipe diretiva e da forma em que são tomadas as decisões nas escolas. A medida vai diminuir a poder do conselho escolar em favor da direção e tornar menos democrática a escolha do diretor e da equipe diretiva.