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PACOTE ANTICRIME
Bolsonaro gasta R$ 10 mi com publicidade para projeto sanguinário de Moro, enquanto corta da educação
Redação

Na tentativa de emplacar o sanguinário pacote anticrime de Moro, o governo Bolsonaro irá despejar R$ 10 milhões numa campanha publicitária para convencer a população de que a licença para matar, junto a outras medidas de endurecimento, serão a solução para a violência. O montante seria suficiente para financiar inúmeras bolsas cortadas pelo governo da educação.

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(Foto: Alan Santos/PR/Flickr)

Nesta quinta-feira, 3, o ministro da Justiça do governo Bolsonaro, Sérgio Moro, participou do lançamento de uma campanha publicitária milionária que trata de tentar convencer a população de que a aprovação do chamado “pacote anticrime” é a solução para o problema da criminalidade no país.

Leia mais: Bolsonaro fala contra condenação de policiais assassinos em lançamento do pacote de Moro

Assim como durante a tramitação da Reforma da Previdência, o governo gastará R$ 10 milhões em peças publicitárias para tentar enganar a população sobre os efeitos do projeto, escondendo o real interesse que se coloca de fundo que é o aprofundamento da violência policial nas periferias do país, em especial contra a juventude negra, parte de um projeto maior, de controle social, desse Brasil periférico.

De um lado Moro e Bolsonaro patrocinam a campanha publicitária para ratificar a chacina da juventude que já ocorre nas periferias; enquanto, por outro, retiram dinheiro da educação, das bolsas de pesquisa, que em muitos casos, são o sustento de muitos jovens periféricos que conseguiram se inserir nas universidades. Esse é precisamente o projeto de Bolsonaro para a juventude, a manutenção do elitismo nas universidades e do assassinato dos jovens na periferia.

Enquanto tenta enganar a sociedade, mais uma vez, com projetos que não solucionam nenhum dos problemas estruturais do país, o governo Bolsonaro também se apressa em barganhar com o Congresso para que suas propostas não sofram alterações de conteúdo muito significativas. Nessas batalhas travadas com o Congresso, porém, o governo tem sofrido seguidas derrotas impostas pelo parlamento, consolidando a figura de Rodrigo Maia como uma espécie de “contrapeso” ao poder de Bolsonaro.

Se como chefe da quadrilha da Lava Jato, que foi pilar fundamental do golpe institucional de 2016, Moro instaurou um autoritarismo cada vez mais agudo no judiciário brasileiro ao lado de figuras como Deltan Dallagnol e outros procuradores do MPF, à frente do ministério da Justiça o ex-juiz tenta expandir seus tentáculos para aprofundar também o nível de autoritarismo policial nas ruas do país, principalmente nas vielas e becos mais escuros das periferias.

Principal bandeira encampada por Sérgio Moro nesses oito meses de governo Bolsonaro, o “pacote anticrime”, em sua configuração original, é uma verdadeira licença para que as polícias do país matem sem que sejam minimamente punidas por esses atos criminosos. Prevendo que os juízes possam reduzir pela metade ou, simplesmente, deixar de aplicar as penas para os crimes cometidos por policiais, Moro dá carta branca para que a polícia mais assassina do mundo avance com sua política racista pelas ruas e morros do país. É uma das formas mais brutais de o governo e a burguesia implementarem sua políticas reacionárias contra os trabalhadores e a juventude, em especial contra a juventude negra que é sempre a mais atacada historicamente.

Numa realidade em que jovens negros são mortos diariamente com tiros de fuzil pelas costas em abordagens ilegais, ou que indígenas são massacrados em seus territórios invadidos pelo agronegócio, ou que uma criança de oito anos perde a vida dentro de uma kombi depois de ser atingida por uma bala que sempre encontra os mesmos corpos, com as mesmas características, nos mesmos locais de sempre, um ministro do governo ainda ter a audácia e o cinismo de dizer que essa pauta não é uma pauta do governo Bolsonaro, que “o governo está apresentando isso porque existe toda uma reivindicação da sociedade, de que tenhamos uma terra de lei, de justiça”, é motivo para que, mais do que nunca, nos organizemos e busquemos uma saída dada pelas nossas vias! Não aceitamos nenhuma saída dada por Bolsonaro ou pela burguesia que ainda o sustenta! Apenas nós, a classe trabalhadora, em conjunto com a juventude e todos os oprimidos que sofrem mais brutalmente na carne e na pele todos os ataques impostos diariamente por um governo reacionário de extrema direita, é que podemos dar uma saída real às crises impostas por esse sistema podre que dá cada vez mais sinais de falência.

 
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