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WITZEL
Witzel distribuirá "cartilha do terror" para ensinar população a lidar com repressão policial nas favelas
Redação

O governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, irá criar uma “cartilha” para ensinar como os moradores das favelas cariocas devem se comportar durante as violentas operações policiais que atuam sob seu comando. A meta de Witzel é fazer ainda mais operações nos morros do Rio de Janeiro, e a cartilha serviria como uma medida para “reduzir os danos”.

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Neste final de semana, o caso de Ágatha, de apenas 8 anos, chocou o país inteiro e as redes sociais foram dominadas por denúncias à Witzel e sua política de massacre da população negra e pobre do Rio de Janeiro. Moradores do complexo do Alemão, local onde Ágatha foi assassinada por um disparo feito pelas mãos de um policial, realizaram uma manifestação em repúdio à política levada por Witzel. No complexo do Alemão, 50% dos homicídios e cometido pela polícia.

Como forma de justificar a cartilha, Witzel comparou a situação da violência estatal no Rio de Janeiro à II Guerra mundial: “Na Segunda Guerra, no combate ao nazismo, os ingleses iam para debaixo da terra ao toque da sirene, para que os bombardeios não atingissem a população. Poucos ingleses morreram em razão disso. Estamos elaborando uma cartilha sobre como moradores de comunidades devem proceder em caso de confronto e ocupação. Operações serão intensificadas em razão das investigações que estamos fazendo".

Ainda por cima Witzel promete colocar policiais nas escolas para que esses “orientem” alunos e professores em como proceder nas incursões violentas e assassinas realizadas pela polícia nas favelas. O Governador quer ocupar militarmente essas regiões e oprimir a população preta e pobre ao máximo, e a educação é um alvo importante da extrema-direita para justificar sua política nojenta e racista do Estado, que leva a casos como o assassinato brutal de Ágatha, e devemos lutar por todos aqueles que são mortos por Witzel e sua polícia

Mas paralutar por todas as Agathas, precisamos lutar por emprego, educação e uma reforma urbana para dar perspectiva de vida para a juventude, só assim será possível dar resposta ao problema da violência social, ligando essa luta a um programa de emergência para parar com a chacina cotidiana, começando por acabar com o chamado “auto de resistência”, que é a desculpa que utilizam sempre pra assassinar a juventude. Lutamos pelo fim das operações nas favelas, pela indenização aos familiares dos assassinados e que todos os que os processos desse tipo sejam apurados por júri popular composto pelas comunidades, organismos de direitos humanos e sindicatos. Pelo fim dos tribunais militares e que os crimes policiais sejam julgados por júri popular, pelo fim dos privilégios dos juízes e que todo juiz ganhe igual a um professor e sejam eleitos pelo povo e pelo fim de todas as tropas especiais como o BOPE, a Tática e a Força Nacional, que são criadas para massacrar o povo pobre e as lutas. Pelo fim imediato das UPP.

Que o movimento estudantil assuma essas bandeiras como a centrais, assim como todos os sindicatos dirigidos pela CUT e CTB, os partidos de esquerda especialmente o PSOL, movimentos de direitos humanos, movimento negro e de mulheres, e que se construa um grande movimento contra a violência policial e seus assassinatos da população pobre e negra, em defesa da vida da população, porque as vidas negras e as vidas da favela importam.

 
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