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GOVERNO BOLSONARO
Demagogia pura: Bolsonaro aprova lei que obriga agressor de mulher a ressarcir custos do SUS
Redação

Bolsonaro sancionou lei que dispõe sobre a responsabilidade do agressor pelo ressarcimento de custos relacionados aos serviços de saúde prestados pelo SUS. A demagogia explícita de Bolsonaro que, ao mesmo tempo, ataca as mulheres trabalhadoras, dissemina ódio caminhando ao lado de inimigas das mulheres, como Damares.

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Bolsonaro sancionou nesta terça-feira, 17, lei que dispõe sobre a responsabilidade do agressor pelo ressarcimento de custos relacionados aos serviços de saúde prestados pelo Sistema Único de Saúde (SUS) às vítimas de violência doméstica e familiar. Além desse projeto, foi sancionado também nesta terça a posse ampliada de arma de fogo no campo.

Veja tambem: O crescimento da taxa de feminicídios no Brasil e a política machista de Bolsonaro

O primeiro projeto havia sido aprovado em 21 de agosto pela Câmara dos Deputados, prevendo "que o agressor que, por ação ou omissão, causar lesão, violência física, sexual ou psicológica e dano moral ou patrimonial à mulher, será obrigado a ressarcir todos os danos causados, inclusive os custos do SUS envolvidos com os serviços de saúde prestados para o total tratamento das vítimas em situação de violência doméstica e familiar", de acordo com o que descreveu a Agência Câmara Notícias.

Este não poderia ser um caso mais exdrúxulo de demagogia de um presidente que não perde tempo em verbalizar seu machismo contra as mulheres, bem como constrói uma base governamental com figuras como Damares, que repetidamente já atacou mulheres de todas as idades. Damares, ministra de Bolsonaro, já indicou que uma forma de combater o abuso sexual de meninas menores de 13 anos é construir fábricas de calcinhas, pois o abuso muitas vezes ocorre porque elas não estão usando roupas íntimas.

Adorador de torturadores como Brilhante Ustra, que enfiava ratos nas vaginas de presas políticas, Bolsonaro não engana ninguém com a aprovação desta lei, que inclusive se dá junto à aprovação da posse de arma ampliada, para instaurar a caça de indígenas e quilombolas, bem como de militantes por moradia, para fazer avançar o agronegócio no Brasil.

Saiba mais: [https://www.esquerdadiario.com.br/Bolsonaro-sanciona-projeto-de-lei-que-intensifica-assassinatos-de-indigenas-e-quilombolas]

Em dados divulgados pelo 13º Anuário mostraram que no Brasil de Bolsonaro a cada 4 horas, uma menina é estuprada por seu pai, padrasto, tio, primo ou vizinho. Meninas menores de 13 anos compõe quase metade do grupo que sofre violência sexual.

Veja também: Bolsonaro e Damares seguem avançando contra as mulheres e extinguem comitês de enfrentamento à violência

Além disso, a medida de Bolsonaro isenta por completo o papel do Estado na proteção de mulheres, jovens e meninas que sofrem diariamente com a violência doméstica, física e sexual no Brasil. Sucateando cada vez mais a saúde, o desmonte do SUS se torna uma realidade ainda mais cabal no governo Bolsonaro. Na educação, Bolsonaro avança com cortes e é um dos mais fiéis defensores do "Escola Sem Partido", impedindo que a discussão de gênero, incluindo educação sexual, cheguem nas escolas.

A luta contra o machismo e a violência contra a mulher não se dará através de demagogias como esta. O conservadorismo se mostra presente no governo federal, mas também em outras esferas, como mostra João Doria em São Paulo, que em dias atrás mandou recolher material das escolas públicas que abordavam sobre a diversidade sexual sem fundamentação alguma.

Veja também: https://www.esquerdadiario.com.br/No-Brasil-a-cada-4-horas-uma-menina-e-estuprada-por-seu-pai-padrasto-tio-primo-ou-vizinho

O verdadeiro combate contra as atrocidades cometidas contras as mulheres, crianças e adolescentes se dará com medidas concretas, como educação sexual correspondente com a faixa etária da criança e/ou adolescente, pois assim elas poderão também identificar esse sutil e perverso crime que atinge os lares familiares.

Além disso, a relação inegável do capitalismo e do machismo se prova na realidade todos os dias, sendo as mulheres negras as que mais sofrem por violência doméstica, física e sexual. Não podemos descolar, nem o racismo, nem o machismo, do capitalismo: as opressões potencializam a exploração, separando a classe e impondo uma realidade brutal para as mulheres.

Por isso, a luta pela vida das mulheres não se limita na luta contra o machismo, mas sim contra o capitalismo, que constrói, mantém e se utiliza da ideologia racista e patriarcal para manter as mulheres reféns em suas vidas e se afastarem de qualquer luta verdadeira pela emancipação da humanidade.

 
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