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ESTADOS UNIDOS NA VENEZUELA
Estados Unidos reaparece na “crise Venezuelana” com tratado que permite intervenção armada
Redação

Nas últimas semanas, tem se mantido um clima de animosidade entre os governos de Colômbia e Venezuela, com seus respectivos chefes de estado, tanto de um lado como de outro, ventilando, cada um a seu modo, a possibilidade de um "conflito armado” entre os países.

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Imagem: Caroline Brehman/CQ-Roll Call, Inc via Getty Images/ Vox

Nesse contexto, os Estados Unidos, frente a manobras de militares venezuelanos na fronteira com a Colômbia, decidem reforçar seus interesses reacionários no conflito e na região e acionam tratado que pode resultar no emprego de força, numa clara elevação de tom por parte dos norte-americanos.

O governo de Duke, serviçal de Washington, e o de Maduro, que mergulhou o país e os venezuelanos numa crise comparada somente a dos períodos neoliberais, trocam farpas e ludibriam seus respectivos povos, enquanto os Estados Unidos por meio, dessa vez, de mecanismos da política internacional costura seus próprios interesses no conflito, mais uma tentativa. A anterior, foi liderada pelo governo Colombiano, em uma política intervencionista, uma tentativa fracassada de golpe mascarada de “operação humanitária”, liderada na Venezuela por Juan Guaidó. Dessa vez, o secretário americano de Estado Mike Pompeu declarou: “Recentes movimentos belicosos de mobilização na fronteira com a Colômbia por parte de militares venezuelanos, assim como a presença de grupos ilegais armados e organizações terroristas no território venezuelano, demonstram que Nicolás Maduro não é apenas uma ameaça ao povo venezuelano, suas ações também ameaçam a paz e a segurança dos vizinhos da Venezuela”.

Os Estados Unidos acionaram, na madrugada desta quinta-feira (12), o Tratado Interamericano de Assistência Recíproca (Tiar). Na quarta-feira (11), uma sessão do conselho permanente da Organização dos Estados Americanos (OEA) convocou os 19 países signatários do tratado para uma reunião a partir da próxima semana com o objetivo de discutir o “impacto desestabilizador” da crise na Venezuela. Durante a sessão, Estados Unidos, Brasil, Argentina, Colômbia, El Salvador, Guatemala, Haiti, Honduras, Paraguai, República Dominicana e a própria Venezuela, através do representante de Guaidó, votaram por ativar o órgão de consulta do Tiar no Conselho Permanente da Organização dos Estados Americanos (OEA).

Os trabalhadores de Colômbia ou na Venezuela não devem se intimida e devem manter os laços de amizade independente das animosidades entre seus chefes de estado. No caso de um aumento da tensão, a classe de trabalhadores de ambos os países deve se mobilizar contra seus respectivas governos que querem arrastar seus povos para uma escalada fratricida, aumentando a xenofobia, completamente reacionária. No momento atual, devem rechaçar com todas as forças esse avivamento das tensões político-militares, na figura do acionamento do Tiar, que demonstra também o intervencionismo norte-americano, e exigir a mais ampla unidade dos povos de ambos os lados da fronteira.

No Brasil, devemos somar o repúdio à posição do governo Bolsonaro frente ao tratado aos inúmeros ataques que esse governo vem fazendo aos trabalhadores do país.

 
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