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ERNESTO ARAÚJO MENTE SOBRE AMAZÔNIA
Governo Bolsonaro diz cinicamente que crise na Amazônia é "falsa", mas que mentira “colou”
Redação
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O ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, disse que o aumento dos incêndios na Amazônia ocorridos neste ano é uma "falsa crise" que foi perpetuada pela "ideologia" das pessoas e acabou "colando". Discursando em inglês em um evento em Brasília, ele chegou a admitir que os incêndios cresceram neste ano, mas disse que são menores do que em "muitos anos", até quando é possível se comparar pelos registros de satélites. "Falsa crise, falsa interpretação da situação", disse.

Para ele a crise "colou" - única expressão usada por ele em português durante sua fala - por uma questão de "ideologia". "As pessoas olham as imagens e não buscam os fatos", afirmou. Segundo o ministro, é difícil as pessoas acreditarem nos fatos. "É o sistema que está aí. É um vírus. Não é culpa das pessoas. Suas cabeças estão sendo invadidas por um tipo de pensamento que não permite a elas ver a realidade e isso é ideologia", afirmou cinicamente, tentando reputar aos que denunciam os incêndios o mesmo mecanismo que é utilizado pelo governo Bolsonaro, de repetir mentiras à exaustão e refutar a verdade com base nos boatos que criam.

Araújo disse que o Brasil tem muitos obstáculos porque há pessoas que têm uma agenda diferente "de mediocridade e estagnação", mas que o governo está tentando avançar nisso e enfrentando as "forças das trevas". "Nossa agenda é popular porque pessoas no Brasil entendem o que estamos tentando fazer. Queremos mudar o sistema e não apenas fazer uma mudança aqui e ali", afirmou. Ele citou a "dor do parto" para se fazer mudanças. As “mudanças do sistema” na verdade consistem em liberar o agronegócio e as mineradoras para destruir não apenas a floresta amazônica, mas também massacrar e assassinar os indígenas que ali vivem há séculos.

Ernesto Araújo ainda citou a alta comissária da ONU para os Direitos Humanos, Michelle Bachelet. Ele disse que a fala dela sobre a democracia no Brasil estar perdendo espaço é "totalmente absurda e baseada em ideologia". Na sequência, afirmou que algumas pessoas querem "fazer o Brasil parecer mau". Na saída do evento, o ministro disse que tem encontro nesta quinta com chanceler chileno.

A insistência do ministro de Bolsonaro em repetir tais absurdos é uma mostra a mais que só com a organização dos trabalhadores e da juventude, ao lado dos indígenas e camponeses, poderá impedir que o governo siga em seu plano de devastação da Amazônia.

 
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