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UNICAMP
Unicamp: Assembleia da pós e graduação discute mobilização contra cortes de Bolsonaro
Faísca Unicamp
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Grande assembleia geral composta majoritariamente de pós-graduandos e com participação de estudantes da graduação da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) que ocorreu nesta terça-feira (03) contou com centenas contra Bolsonaro, seus cortes de bolsas de pesquisa e seus ataques que ferem a autonomia universitária.

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Com disposição, estudantes da graduação e grande expressão da pós graduação da Unicamp discutiram como Bolsonaro e o ministro da Educação Weintraub vêm atacando a ciência desde o início do ano e o projeto de corte de cerca de 5 mil bolsas de mestrado e doutorado previstas para 2019. Além disso, a Capes anunciou que, devido às medidas do governo Bolsonaro, não haverá mais bolsas de financiamento para nenhum outro pesquisador nesse ano. No total, já foram mais de 11 mil bolsas financiadas pela Capes cortadas só neste ano, cerca de 10% do total de bolsas vigentes em janeiro. Isso acontece alinhado ao programa Future-se de Bolsonaro e Weintraub, projeto de educação que visa privatização da universidade pública por meio do financiamento de pesquisas por Organizações Sociais, assim como controle ideológico nas universidades, uma vez que as pesquisas serão exclusivamente de interesse privado.

Nessa mesma linha do governo federal, João Dória coloca o projeto Novotec em andamento no estado de São Paulo, que também ataca nossas licenciaturas. Esse projeto visa trazer cursos profissionalizantes aos estudantes do ensino médio de escolas estaduais paulistas, visa preparar a rede de ensino paulista para a implementação da reforma do Ensino Médio aprovada pelo governo de Michel Temer. À medida com que se avança com a Reforma da Previdência, a MP 881 com objetivo de explorar até a última gota de suor dos trabalhadores e da juventude, Bolsonaro precisa adequar a formação de mão de obra à miséria do mercado de trabalho. Para que um jovem trabalhador do Rappi ou do telemarketing precisa de Ensino Superior? É o que Bolsonaro, Dória e os capitalistas discutem o tempo todo.

Além de tudo isso, Bolsonaro vem interferindo no processo de eleição de reitores de universidades federais, como a cearense UFC e outras pelo país, atacando ainda mais a autonomia universitária. Seu objetivo é facilitar a adesão ao Future-se e impor a perseguição ao movimento estudantil, como vemos nas ameaças de reintegração de posse da reitoria ocupada por estudantes, funcionários e professores que denunciam a nomeação do reitor-interventor.

Os estudantes deliberaram repudiar o Novotec e a retirada de materiais didáticos das escolas, assim como resoluções no sentido de unificar graduandos e pós-graduandos, das federais e estaduais, com professores e trabalhadores de todo o país para derrotar esse projeto privatista do governo à educação, à pesquisa, à ciência e ao trabalho. Foi votado responder incorporando ao chamado da Associação de Pós-Graduação (APG) da UFRJ à uma coordenação nacional pela base, para organizar um plano de lutas, chamando a UNE e a ANPG para que o processo se dê em todo o país contra esses ataques e para defender um projeto de universidade sem ser voltado para os interesses privados, mas, sim, à população.

Na Unicamp, é necessário se somar à mobilização tomando de exemplo a energia que a juventude colocou nas ruas em maio e a massiva assembleia que ocorreu na UFSC e toda a energia do DCE deve ser voltada para concretizar as deliberações. Assembleias como essas devem ocorrer nacionalmente. Não queremos esperar por atos isolados descontínuos decididos sem nenhuma consulta ou construção junto às bases, e, sim, tomar a luta para nós.

Flávia Telles, estudante de ciências sociais e militante da faísca, declarou: “O nosso DCE, dirigido pelo PSOL e PCB que fazem parte da oposição de esquerda da UNE, deve usar seu aparato à serviço de concretizar as medidas que foram deliberadas, exigindo, por exemplo, da reitoria que paralise as atividades no dia 12 e chame uma assembleia dos três setores como foi decidido na assembleia, concretizando o chamado à UNE e à ANPG à coordenação nacional. Esse deve ser o papel da oposição nesse momento para a unificar os estudantes da pós e da graduação, unificando a luta contra os ataques à pesquisa e licenciatura”.

 
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