Um tanque de GLP (gás de cozinha) pegou fogo no terminal Madre de Deus da Transpetro, subsidiária de transporte e logística da Petrobras. O Terminal de Madre de Deus (TEMADRE) é um dos mais importantes do sistema Petrobras e o incêndio interrompeu as operações de carga e descarga da subsidiária no local.

O incêndio atingiu o Parque de Gás Liquefeito de Petróleo Maria Quitéria provocou a evacuação das casas no entorno do terminal. Ninguém ficou ferido e o incêndio já foi debelado, segundo a assessoria de imprensa da Transpetro.

De acordo com o Sindicato de Petroleiros da Bahia (Sindipetro-BA), o incêndio atingiu grandes proporções e teve início por volta das 9h30 da manhã. O fogo teria começado em uma válvula de alívio de pressão do tanque refrigerado, mas as causas ainda são investigadas por uma comissão interna da Transpetro.

O Corpo de Bombeiros, a Defesa Civil e a Brigada de Incêndio da Transpetro atuaram para apagar o fogo, que foi controlado por volta das 11h30, segundo a subsidiária. De acordo com a empresa, a comunidade no entorno do terminal, conhecida como Quitéria, foi evacuada "por precaução".

Este incêndio de imenso potencial de destruição mostra, mais uma vez a onda de acidentes que tem ocorrido na Petrobras e suas subsidiárias. Ainda que as causas deste acidente em particular ainda precisem ser determinadas, os cortes de gastos em pessoal e manutenção tem colocado milhares de vida de petroleiros próprios e terceirizados e moradores das regiões próximas em risco.

Tal como ocorreu durante o governo FHC esta precarização da segurança na Petrobras é funcional aos interesses de privatizar uma parte do sistema Petrobras. Há menos de dois dias a Petrobras anunciou que venderá 49% das ações de sua subsidiária Gaspetro que é a detentora da malha de gasodutos no país. Este anuncio e acidente acontecem em meio a uma onda de ataques aos petroleiros por parte da Petrobras e do governo Dilma que inclui dezenas de milhares de demissões de terceirizados, proposta de redução de salários e direitos aos petroleiros próprios, proposta de reajuste salarial inferior à inflação e negociação subsidiária a subsidiária para implementar acordos coletivos com salários e direitos inferiores para pavimentar mais ainda o caminho privatista de Dilma e do PT.

A crise da Petrobras produto de roubos bilionários está sendo paga pelos petroleiros em seus direitos mas também em riscos crescentes a sua saúde e segurança.

Esquerda Diário/Agência Estado/ Sindipetro-BA