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AMEAÇA CONTRA OS ESTUDANTES
Reitor Interventor nomeado por Bolsonaro entra na justiça para reprimir ocupação na UFC
Redação

Reitor Interventor entrou na justiça para reintegrar posse na Universidade Federal do Ceará (UFC) aonde estudantes, funcionários e professores ocupam a reitoria para impedir a nomeação que fere a autonomia universitária.

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Imagem: José Leomar/SVM

O reitor interventor, Cândido Albuquerque, nomeado por Bolsonaro, entrou com processo de “reintegração e manutenção de posse” na Justiça Federal do Ceará contra professores, estudantes e técnicos-administrativos que ocupam a reitoria da instituição. Ele foi empossado com apenas 4,6% dos votos, ignorando o primeiro nome da lista tríplice para Universidade Federal do Ceará que obteve 56%.

A ação foi impetrada na segunda-feira (26) e teve o primeiro despacho feito pelo juiz George Marmelstein na quarta-feira (28). O magistrado determinou que, antes de apreciar o pedido, o reitor terá de especificar os alvos do processo, segundo noticiado pelo G1.

Cândido Albuquerque foi o candidato com menor número de votos em uma consulta pública na universidade e o segundo colocado na lista tríplice realizada pelo Conselho Universitário (Consuni). Participaram da votação os 3 setores da universidade.

O juiz especificou que “como os manifestantes são, em grande maioria, estudantes, professores e servidores da própria UFC, penso que é plenamente possível para a parte autora identificar alguns dos principais representantes dos grupos que fazem parte da manifestação”, afirma, no despacho, Marmelstein. O magistrado diz que, é necessário buscar a “solução dialogal”, assim como “a desocupação pacífica antes de se utilizar a força pública contra os manifestante”.

O reitor interventor está desde o dia 19 tentando se legitimar após ser anunciado por Bolsonaro. Graças a luta dos estudantes, técnicos e funcionários que buscam defender a autonomia universitária e a validade de seus próprios votos, o reitor não teve paz. No dia 20, foi organizado um corte de rua em avenida próxima a universidade, no dia 22, o reitor tomou posse e no dia 23 os estudantes, técnicos e professores fizeram protestos na reitoria da universidade e a transferencia de cargo teve de ir para outro local. No dia 26, uma manifestação bloqueou a reitoria.

O grande exemplo da comunidade universitária da UFC deve servir para todas as universidades que estão sofrendo com a perspectiva de uma intervenção de Bolsonaro, como já ocorreu na Universidade da Integração da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab) em que foi suspenso um vestibular específico para a população LGBT, na Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM) em que também se nomeou um interventor e na UniRio, em que o reitor não se submeteu a escolha da universidade.

É necessário um amplo apoio a esses estudantes que estão sofrendo ameaças e correm risco de uma reintegração de posse na UFC. Precisamos nos apoiar nesse exemplo para exigir da UNE e a Centrais Sindicais que rompam sua paralisia e convoquem um plano de lutas sério contra a reforma da previdência, os cortes a educação e pela autonomia universitária. A força que vem mostrando essa mobilização no Ceará é só mais um exemplo de que existe disposição de luta para barrar o governo Bolsonaro.

 
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