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PRIVATIZAÇÃO
Governo Bolsonaro anuncia privatização de 17 estatais incluindo Correios e Eletrobrás
Redação

Paulo Guedes anuncia hoje lista de 17 empresas federais que serão privatizadas até o final do ano, entregando setores estratégicos da economia nacional.

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Após ter privatizado oito empresas no primeiro semestre, o ministro ultra neoliberal Paulo Guedes anunciou para esta quarta-feira (21) a publicação de uma lista de estatais federais que deverão ser vendidas ainda este ano. A medida faz parte da política econômica liberal do governo de entrega dos recursos e mercados nacionais para o capital privado, com o qual Guedes tem grandiosas intenções de privatizar 132 estatais no total, primeiramente por meio do mecanismo de Parceria de Investimentos (PPI), um órgão criado em 2016 para abrir caminho para a eventual privatização de empresas estatais enquanto tramita aprovação do Congresso, mas também usando o chamado “desinvestimento”, retirando recursos da Caixa Economica, do BNDES e do BB para estatais que estão em suas listas. Não existem expectativas concretas de qual será o faturamento do Executivo com as entregas, podendo ainda o BNDES aplicar outras medidas incluindo inclusive a extinção das empresas.

Entre as empresas colocadas na linha de tiro, destacam-se a Casa da Moeda, a Dataprev (que fornece tecnologia e dados sobre a previdência), a Eletrobras, os Correios e empresas de transportes e alta tecnologia, como Trensurb e Ceitec. Os Correios já vinham sofrendo constantes ataques e ameaças por parte do atual governo, antes mesmo da posse, quando em outubro de 2018 Bolsonaro afirmou que 50 estatais seriam vendidas logo no primeiro ano de sua gestão. O plano do ministro se intensificou visivelmente, ao ponte de, como citado acima, sua lista hoje conter 132 empresas estatais que o governo tem o objetivo de privatizar.

Veja abaixo a lista completa das 17 estatais a serem vendidas:

1. Correios;
2. Casa da Moeda;
3. Dataprev;
4. Eletrobras;
5. Telebras;
6. Trensurb (Empresa de Trens Urbanos de Porto Alegre S.A.);
7. CBTU (Companhia Brasileira de Trens Urbanos);
8. Codesp (Docas do Estado de São Paulo);
9. Codesa (Docas do Espírito Santo);
10. Serviço Federal de Processamento de Dados;
11. Lotex;
12. Ceitec (Centro de Excelência em Tecnologia Eletrônica Avançada);
13. Ceasaminas (Centrais de Abastecimento de Minas Gerais);
14. Ceagesp (Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo);
15. Empresa Gestora de Ativos;
16. Agência Brasileira Gestora de Fundos Garantidores e Garantias;
17. Empresa Brasil de Comunicação;

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Reunido na 20ª Conferência Anual do banco Santander, Guedes, não contente com a aprovação da reforma da previdência – que era vendida pelo governo e pela mídia capitalista como a medida de sacrifício que tiraria o Brasil da crise e retomaria o crescimento da economia – busca “vender todas as estatais”. Ou seja, Guedes busca a radicalização do modelo neoliberal como nunca antes foi aplicado no Brasil, vendendo nossas riquezas a valores miseráveis para o capital estrangeiro e ameaçando inclusive avançar na entrega da Petrobras, como indicou no mesmo evento em uma fala para o presidente da empresa, Roberto Castello Branco:“Estamos começando devagar nas privatizações, mas já sabemos que vamos privatizar os Correios, vamos privatizar a Eletrobras. Eu não duvido que a gente vai privatizar algumas coisas maiores, viu, Castello?”.

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Por trás da farra das privatizações e da reforma da previdência promovidas por Guedes, se encontra o destino do dinheiro “economizado” por uma e arrecadado por outra: o pagamento da ilegítima e fraudulenta dívida pública brasileira, um mecanismo de saque do país promovido por bancos como o próprio Santander (que é um dos credores da dívida pública brasileira), que rende lucros bilionários para grandes banqueiros internacionais e investidores do mercado financeiro à custa da precarização das vidas de milhões de trabalhadores e do povo pobre. Pra além disso, com as privatizações o governo coloca em risco os milhares de funcionários dessas empresas e as suas famílias, ainda mais frente ao altíssimo índice desemprego que atinge o país e com os efeitos da série de ataques que vem sendo aplicados, como a reforma trabalhista de Temer, a reforma da previdência e a mais recente MP da “Liberdade Econômica”, que nada mais é do que uma nova reforma trabalhista encomendada por Bolsonaro, que pode acabar com as folgas aos domingos e com o pagamento de horas extras.

 
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