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MORTES NO TRABALHO
Trabalhador terceirizado morre esmagado dentro de máquina da cervejaria Heineken
Redação

José Antonio Pio Botelho, trabalhador terceirizado da fábrica da Heineken em Itu, é mais uma vida que se torna estatística dos absurdos dados de mortes em acidentes por trablho no país, Brasil é o quarto colocado no mundo. Ainda assim, Bolsonaro e seu governo querem flexibilizar normas de segurança para que mais vidas operárias sejam esmagadas em nome da ganância capitalista.

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Um trabalhador terceirizado da fábrica de cervejas Heineken morreu enquanto realizava manutenção de uma máquina. José Antonio Pio Botelho, de 54 anos, estava dentro do aparelho que serve para lavar garrafas, onde realizaria uma troca de peças, quando outro funcionário, sem saber da presença do colega, teria acionado a máquina, que o esmagou. A vítima chegou a ser socorrida, mas não resistiu aos ferimentos.

O acidente ocorreu no sábado, 17, e em nota ao jornal de Itu, a empresa teria “lamentado profundamente” a morte do trabalhador, mas na mesma nota ressaltava o fato de ser um trabalhador terceirizado, e afirmava que o grupo estaria “concentrado no acompanhamento das ações adotadas pela empresa contratada”, como uma forma de diminuir sua própria responsabilidade pela vida de seus operários.

O grupo holandês é um gigante no setor de bebidas, sendo que no Brasil, após comprar a Brasil Kirin (fabricante da Schin, Eisenbahn, Devassa entre outros produtos), tornou-se a segunda maior empresa do setor no país, perdendo apenas para a AMBEV.

Enquanto o marketing da empresa propaga valores de sustentabilidade e preocupação social, a realidade tem mostrado que a vida dos trabalhadores vale muito menos do que suas propagandas. O setor de bebidas é campeão em acidentes de trabalho, e a Heineken já protagonizou um caso especialmente grave. Em 2016, uma explosão numa fábrica da mesma marca, na cidade de Jacareí, causou a morte de quatro trabalhadores terceirizados, sendo que dois faleceram no momento do acidente e outros dois sobreviveram com ferimentos graves e também acabaram morrendo.

A Heineken é responsável, e a terceirização não pode servir de desculpa para isentar sua responsabilidade. Muito pelo contrário. A terceirização tem sido responsável por centenas de mortes, acidentes, e condições precárias de trabalho e de vida ao levar a exploração ao limite sem garantir os direitos mais básicos aos trabalhadores.

De acordo com dados da Previdência oficial, entre 2014 e 2018 foi registrado no Brasil 1,8 milhão de afastamentos por acidente de trabalho e 6,2 mil óbitos. Na Bahia, esse número foi de 44.800 afastamentos e 272 mortes.

Ataques como a reforma trabalhista, aprovada em 2017 e que acaba de ser aprofundada pela MP881 de Bolsonaro, ratificada pelo Congresso, e a revisão das normas de saúde e segurança são exemplos de como os capitalistas, ao contrário de suas notas mentirosas, não lamentam os acidentes e as mortes. Ao contrário, estão o tempo todo buscando maneiras de sugar mais e mais o sangue dos trabalhadores para garantir seus lucros.

 
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