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DITADURA MILITAR
Bolsonaro encobre crimes da ditadura para que militares torturadores continuem sem punição
Redação

Bolsonaro, quando questionado por jornalistas sobre o assassinato de Fernando Santa Cruz, pai de presidente da OAB e desaparecido desde 1974, destila ódio e chama de "balela" documentos sobre mortes na ditadura.

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Bolsonaro segue em sua cruzada de mentiras que visa encobertar os crimes cometidos por militares e civis defensores do regime da ditadura militar que se iniciou com o golpe em 64. Hoje, terça (30), na saída do Palácio da Alvorada, Bolsonaro questionou a Comissão Nacional da Verdade e chamou de "balela" os documentos sobre os assassinatos da ditadura militar: "Você acredita na Comissão da Verdade?", disse o presidente de extrema-direita.

Na verdade, as Forças Armadas admitiram por omissão em documento de 2014 à Comissão da Verdade o acontecimento de torturas e mortes de 18 de setembro de 1964 a 5 de outubro de 1988. Estas fake news de Bolsonaro tem como objetivo fazer com que os crimes deste regime permaneçam impunes.

Leia aqui: Bolsonaro insulta Fernando Santa Cruz, e mente sobre seu assassinato pela ditadura

Segundo reportagem no portal O Globo, no texto, três comandantes militares do Exército, Aeronáutica e Marinha se manifestaram. Exército e Aeronáutica disseram que não tinha de haver afirmações que responsabilizassem o Estado brasileiro, que não deviam ser reconhecidas as mortes e torturas. Já a Marinha afirmou que não haviam confirmações ou negativas da ocorrência dos crimes.

Tal documento, certificado pelo ministro da Defesa de 2014, diante da omissão dos militares, afirma a responsabilidade do Estado sobre os crimes: "Nesta perspectiva, o Estado Brasileiro, do qual este Ministério faz parte, por meio das autoridades legalmente instituídas para esse fim, já reconheceu a existência das lamentáveis violações de direitos humanos ocorridas no passado e assumiu sua responsabilidade pelo cometimento desses atos".

Essa afirmação também inclui uma falácia: os responsáveis civis e militares nunca foram julgados e punidos. E é isso que abre margem para que o reacionarismo de Bolsonaro se expresse hoje.

Leia também: Pablito: "Defendemos a punição de todos os torturadores e abertura dos arquivos da ditadura"

É com esse aval que Bolsonaro encobre com mentiras e insulto à memória dos nossos mortos e torturados e de seus familiares. Bolsonaro se utiliza disso para abrir espaço para as forças repressivas e mostrar que está disposto a garantir de qualquer maneira os lucros dos empresários, com a impunidade (não questionada por nenhum governo desde a redemocratização) garantida na Lei de Anistia, que deveria ser revogada.

Aliás, sabemos que os lucros serão mantidos descarregando a crise nas costas dos trabalhadores e da juventude, como o avanço da Reforma da Previdência. É desse aval que Bolsonaro e Moro precisam para aprovar o Pacote Anti-Crime, para aumentar o assassinato de negros, pobres e trabalhadores.

Revogação da Lei de Anistia já! Pela abertura dos documentos da ditadura militar e julgamento e punição de todos os responsáveis, civis e militares, pelos nossos mortos!

Leia mais: Em 2011 Bolsonaro atacou Fernando Santa Cruz e estudantes da UFF botaram ele pra correr

 
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