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METRÔ
Doria segue demitindo covardemente funcionários com mais de 30 anos de Metrô de SP
Redação

Em meio à agenda conservadora que vem sendo aplicada no país, como a reforma da previdência, no Estado de São Paulo, Doria vem atacando profundamente os serviços públicos, demitindo metroviários sem motivação alguma. Se faz necessária uma ampla campanha em defesa de nossos empregos, contra a privatização do Metrô de SP, e para que não haja nenhuma família na rua.

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No Metrô de SP, vem sendo aplicadas de forma sumária demissões de funcionários com 30 anos de empresa, verdadeiros patrimônios da categoria metroviária, que deixaram suas vidas na construção e operação do sistema. São quase 2 mil funcionários que toda semana esperam angustiados chegar a sua carta de demissão. Um verdadeiro terrorismo que o governo Doria e a direção do metrô estão promovendo dentro do corpo de funcionários da empresa, buscando intimidá-los após a paralisação realizada na greve geral do 14 de junho, que se apoia em uma decisão do ministro do STF Alexandre de Moraes, que facilita as demissões imotivadas em estatais. Até agora o sindicato recebeu 33 funcionários demitidos que entraram com recurso somente no último mês. Nos últimos anos muitas demissões por "baixa produtividade" já davam o tom dessa ofensiva do PSDB em SP para derrotar a categoria e privatizar a empresa, se baseando em um critério de notas por produtividade, que abriam margem para notas subjetivas e perseguição das chefias nas áreas. Mas agora, nessas ultimas semanas, a única coisa que se percebe nas demissões é que são funcionários com décadas de empresa, que ingressaram na companhia antes de 1988.

Não é novidade que o projeto da extrema direita que assumiu o poder nesse país através do golpe institucional, que se iniciou com o impeachment em 2016, junto à interferência do judiciário nas eleições de 2018 prendendo de forma arbitrária o candidato líder nas pesquisas, seja retirar os poucos direitos que o trabalhador brasileiro possui, degradando o regime de 1988 para avançar em ataques cada vez mais profundos. Mostra disso é o empenho de toda a direita em aprovar a reforma da previdência na Câmara dos Deputados, com a conivência das centrais sindicais que sumiram na semana da votação da reforma, em com apoio descarado dos governadores do PT e PCdoB que batalharam pela ampliação da reforma para os estados. E como, concomitante a tal ataque, se seguem outros como a aprovação de projeto na Comissão de Assuntos Sociais do Senado que estabelece regras para a avaliação e demissão de servidor público que obtiver mau desempenho.

Mas Bolsonaro e Doria, não estão satisfeitos. Eles querem mais. O próximo passo é fazer avançar ainda mais as privatizações. Em São Paulo é nítido esse movimento do governador. Vão entregar tudo que podem para a seus amigos empresários. Dória não tem o mínimo respeito pelos metroviários de SP. Enquanto faz demagogia nas redes sociais sobre a valorosa ação de um metroviário que socorreu um recém nascido engasgado na estação do Metrô São Judas, segue demitindo funcionários como esses que dedicaram mais de 30 anos para a empresa, prestando serviço à população de SP. Mostra que seu verdadeiro compromisso é com a CCR, a iniciativa privada e a reforma da previdência que ele defendeu ferrenhamente.

Nós do movimento Nossa Classe Metroviários repudiamos essas demissões arbitrárias. É necessário que nosso sindicato convoque setoriais em todas as áreas, para que a categoria possa debater medidas de mobilização contra essas arbitrariedades. Em reunião entre o sindicato dos metroviários com o secretário de transportes e o presidente do Metrô, esses se comprometeram a não demitir mais ninguém que não esteja inscrito no PDV. Precisamos ganhar o apoio da população, assim como fizemos em nossa campanha salarial com os coletes vermelhos contra a reforma da Previdência e organizar uma ampla campanha com apoio de parlamentares, entidades sindicais e estudantis e movimentos sociais, para reintegrar nossos colegas demitidos e garantir que nenhum metroviário de SP seja mais demitido.

#MetroSPnenhumaFamiliaNaRua

Imagem: Metrô de São Paulo (BRUNO FERNANDES/FOTOARENA/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO/Veja SP)

 
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