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TRABALHO INFANTIL
Eduardo Bolsonaro cria corrente no Twitter defendendo “valor” do trabalho infantil
Redação

Depois do atual presidente Jair Bolsonaro defender o trabalho infantil em uma live no facebook, na última quinta feira, seu filho Eduardo Bolsonaro, lançou uma corrente no Twitter tratando do mesmo tema.

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A corrente publicada na madrugada de sábado para domingo, pedia que seus seguidores contassem suas experiencias de trabalho quando iniciados na infância, segue-se então uma serie de comentários exaltando o trabalho infantil como dignificador. Dentre elas o procurador da Lava-Jato Marcelo Bretas comenta: "Aos 12 anos de idade com minha CTPS assinada, comecei a trabalhar numa pequena loja da família. Tinha jornada e tarefas a cumprir, e aprendi desde cedo o valor de receber um salário (minimo) após um mês de trabalho. Tenho muito orgulho disso!"

A polêmica em torno do trabalho infantil começou a live de Bolsonaro, mas o que prima no post de seu filho Eduardo e no seu próprio discurso, é a dignificação do trabalho infantil com base em exemplos isolados. A maioria das respostas a sua corrente indicam o início do trabalho em um empresa da família ou de conhecidos, onde levaram ao pleno desenvolvimento dessas pessoas. O próprio Eduardo postou no seu twitter junto a defesa de "palmadas" educativas, a defesa do trabalho infantil usando com exemplos artistas consagrados.

A direita fecha os olhos para milhares de criança que trabalham em situações ultra precárias, perdem a infância vendendo balas nos faróis, limpando vidros entre outras coisas. Eduardo Bolsonaro dignifica o trabalho infantil, enquanto não fala que desde os 17 anos é político, com um salário exorbitante, enquanto fica no twitter defendendo que crianças trabalhem.

É de fato chocante ver a casta mais privilegiada da sociedade defendendo o trabalho infantil, defendendo o trabalho acima de tudo, isso dada a realidade da reforma trabalhista que impõe situações ultra precárias de trabalho e as sombras da reforma da previdência que nos quer fazer trabalhar até morrer.

É um absurdo que esteja em pauta o trabalho infantil, enquanto temos 14 milhões de desempregados, em sua maioria jovens entre 18 e 24 anos, enquanto o que de fato deveria ser garantido à criança, como o direito a educação e a brincadeira, se vê mais ameaçado com o corte de gastos na educação e com as reformas curriculares que pretendem mecanizar as crianças e os jovens, para que sejam eficientes mãos-de-obra e não seres pensantes, como Bolsonaro já afirmou que quer.

O discurso que transborda da boca dessa extrema-direita, quer acabar com a infância, com a juventude e com a vida da classe trabalhadora. Quer espremer o mínimo de direitos que conquistamos em prol de seus lucros e privilégios, nos fazendo trabalhar até morrer desde a infância se necessário.

 
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