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REFORMA JUSTA É FAKE NEWS
PMs são excluídas da Reforma da Previdência, uma garantia à repressão aos trabalhadores
Redação

Durante a votação dos destaques ao texto-base da Reforma da Previdência, o governo e o centrão entraram em acordo e aprovaram a retirada de policiais militares e bombeiros das mudanças na aposentadoria. Ainda assim, foram presenteados com isonomia de pensão especial com militares das forças armadas, bastante mais "recheada" que a do trabalhador e da trabalhadora.

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Esse resultado evidencia ainda mais o caráter de ataque frontal à classe trabalhadora que representa a Reforma. Afinal, segundo disse o próprio Bolsonaro em reunião com a bancada ruralista na manhã de quinta-feira, os policiais militares “são pessoas aliadas nossas” que “dão suas vidas por nós”.

Falas desse tipo resumem o porquê da PM ser poupada, pois a forma fundamental para que os projetos neoliberais do governo se concretizem é mantendo a força repressiva com a moral em alta para bater nos trabalhadores. Ai está o verdadeiro retrato do suposto “combate aos privilégios” tanto anunciado por Paulo Guedes: fazer com que as fileiras da PM se mantenham jovens para reprimir aqueles que vão ter que trabalhar até morrer.

Para aqueles que morrerem ou tornarem-se incapacitados ao trabalho no exercício da função, Bolsonaro, centrão e Guedes ofereceram um presente: terão os mesmos direitos de pensão que as forças armadas. A pensão no casos das forças repressivas será, portanto, paga durante todo o tempo de vida de seus dependentes, sem qualquer comprovação de necessidade financeira. Para a trabalhadora e trabalhador comum, o benefício familiar será de 50% do valor da média salarial de toda a vida do trabalhador morto ou incapacitado, mais 10% por dependente, até o limite de 100% para cinco ou mais dependentes. O texto fala ainda de 1 salário mínimo nos casos em que o beneficiário não tenha outra fonte de renda.

Somente desse modo os capitalistas podem sair da crise que criaram sem pagarem a conta. Eles precisam das fardas e das togas para sustentarem o seu comitê de negócios, que rifa os direitos históricos da classe trabalhadora sob a liderança de Jair Bolsonaro.

Enquanto os pilares institucionais do regime são poupados dos “sacrifícios”, PT e o PCdoB vem sendo coniventes com a aprovação da reforma. Os governadores do PT já até ofereceram a Davi Alcolumbre, presidente do Senado, o apoio à reforma da previdência em troca de receberem dinheiro da privatização do pré-sal.

Isso escancara como essa chamada “oposição” (PT, PCdoB, PDT e o PSB) não têm o objetivo de defender o futuro dos trabalhadores e da juventude, tal como se mostrou na "greve geral" do dia 14 de junho, em que as centrais sindicais como CUT e CTB, que são dirigidas por esses partidos, não construíram a paralisação nacional do dia 14 de junho como parte de um plano de luta para a derrotar a Reforma, enquanto UGT e Força Sindical boicotaram a paralisação.

O que os trabalhadores e a juventude precisam é se enfrentar de fato com Toffoli, Maia, Alcolumbre e o governo com seu projeto neoliberal e essa reforma que nos fará trabalhar até morrer, tomando nas mãos os rumos da mobilização, impondo aos sindicatos e centrais sindicais verdadeiros planos de luta e a construção do dia 12/07 pela base das assembleias de cada local de trabalho e estudo, batalhando pelo não pagamento da dívida pública, principal justificativa para a reforma, as privatizações e a entrega das nossas riquezas para os grandes empresários e imperialistas do mercado financeiro internacional. Não são com manobras parlamentares, mas com a força da classe trabalhadora organizada que as bases fardadas de Bolsonaro poderão ser derrotadas.

 
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