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SÃO PAULO
Absurdo: apenas três hospitais de São Paulo possuem vistoria contra incêndio
Redação

Somente 3 de 34 hospitais públicos do município São Paulo possuem vistoria do Corpo de Bombeiros. Mesmo depois das alterações das normas de prevenção e combate a incêndio, que entraram em vigor em abril de 2019, a grande maioria de hospitais e pronto-socorros de São Paulo, funcionam sem o AVCB (Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros).

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Segundo um levantamento da Folha de São Paulo, somente 3 de 34 hospitais do Município de São Paulo possuem o AVCB, ou seja, os hospitais da cidade sequer possuem autorização ou vistoria do Corpo de Bombeiros. E da rede estadual, que consiste em 30 hospitais, somente 9 possuem o documento. Entres estes 21 estaduais que não possuem documentação, estão o Hospital das Clínicas (HC), que passou por um incêndio em 2007, e o Instituto do Coração (InCor), onde ocorreu um incêndio em janeiro deste ano. Entre os hospitais privados da cidade de São Paulo, os hospitais Nove de Julho e Santa Isabel, também não possuem o AVCB atualizados.

Marcos Kahn, engenheiro eletricista especialista em proteção contra incêndio e diretor da Associação Brasileira para o Desenvolvimento do Edifício Hospitalar, afirmou que os hospitais públicos não possuem documentação pois sabem que dificilmente serão interditados, já que a cidade possui poucos hospitais para atender toda a demanda que recebem, e os hospitais privados, tendem a possuir a documentação pois precisam dela para efetuarem a contratação de seguros contra incêndio, possuírem selos de qualidade, atenderem convênios médicos internacionais, etc. Ou seja, a preocupação passa longe de ser com a segurança e com a vida das pessoas, e sim com o lucro. Os governos de João Dória (PSDB) e de Bruno Covas (PSDB), governador e prefeito de São Paulo respectivamente, se dispõem a colocar a população em risco sem peso na consciência.

Tanto a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) como a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), publicaram normas de segurança contra incêndio, sendo as da ABNT, elaboradas em maio deste ano, mais focadas para a área de instituições de saúde. Mas, ainda segundo Kahn, não somente as normas devem ser respeitadas, como também as pessoas precisam ter treinamento para situações de incêndio, ainda mais em um hospital, onde as equipes devem tomar decisões importantes para salvar a vida de pacientes. Logo, muitos hospitais, como os privados, podem possuir o AVCB, entretanto, podem não possuir equipes de brigada de incêndio.

Ano passado, a população brasileira já passou pela enorme indignação com o incêndio que destruiu grande parte do Museu Nacional, localizado no Estado do Rio de Janeiro, onde ocorreram manifestações que foram reprimidas pela polícia. Foram destruídos inúmeros artigos irrecuperáveis que estavam no Museu. O escândalo do descaso das autoridades com a falta de orçamento para o museu, deixou claro a falta de manutenção do prédio. Sabendo dos cortes também na saúde, que vem sendo aprofundados no governo atual de Bolsonaro, mas que já vinha ocorrendo desde o governo do PT, como estará a manutenção dos prédios das instituições de saúde do país?

Projetos como a a EC 95, que congelou os investimentos com saúde e educação por 20 anos, foram parte do plano do golpe institucional que veio para aprofundar os ataques ao povo pobre, e escancaram uma coisa: para os capitalistas, em especial em meio à crise, nossas vidas pouco importam. Por isso, é preciso confiar na unidade dos trabalhadores com a juventude para derrotar os ataques de Bolsonaro e dos golpistas, para que seja possível ter acesso ao sistema de saúde que valorize a vida, não o lucro.

 
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