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AMAZÔNIA
Amazônia atormentada: desmatamento e recordes de indígenas assassinados
Redação

Ações ilegais de grileiros, madeireiros e garimpeiros cresceram em áreas protegidas enquanto a revisão do Código Florestal estava sendo revista pelo governo Bolsonaro.

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Uma verdadeira guerra armada de grileiros, madeireiros e garimpeiros ilegais contra indígenas e áreas de proteção ambiental ocorreu e segue enquanto o governo discutia a MP que alterou o Código Florestal bruscamente. As alterações em 16 artigos da lei abriram um enorme campo para o desmatamento e destruição da floresta amazônica e também do cerrado e da mata atlântica, bem como a expropriação ilegal de indígenas de suas terras protegidas.

Muito antes da aprovação da MP em 29 de maio, o discurso anti-indígena de Bolsonaro legitimou o assassinato de lideranças indígenas como o de Jorginho Guajajara na Terra Indígena (TI) Araribóia no Maranhão. Em Rondônia cerca de mil grileiros invadiram a TI Uru-Eu-Wau-Wau. Em Roraima centenas de garimpeiros se apossaram ilegalmente da TI próximas aos yanomami, yek’wana e povos isolados, o que fez a FUNAI reabrir 3 bases a pedido das lideranças indígenas. Porém, segundo Sônia Guajajara, coordenadora-executiva da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil, as ações pontuais da fiscalização que inibem a invasão de grileiros se torna ainda pior quando os fiscais vão embora.

Somente no mês de maio foram observados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), 739,68 km2 de desmatamento, 189,48 km2 a mais que em maio de 2018, acompanhados de 1.102,57 km2 que foram degradados.

A política entreguista, privatista que favorece latifundiários e toda sorte de criminosos ambientais desse governo poderá levar a um quadro irreversível para a biodiversidade amazônica e para povos indígenas que estão sendo novamente liquidados. A questão ambiental se liga diretamente com o programa político e econômico de Bolsonaro para a classe trabalhadora e para a juventude, ao descarregar a crise nos de baixo, por meio da reforma da previdência e "ajustes" fiscais, mantendo fidelidade ao pagamento da fraudulenta dívida pública, esse governo visa favorecer a classe dos patrões, latifundiários e banqueiros, em detrimento de da classe trabalhadora e pobre. Apesar de o desmatamento, degradação, grilagem e garimpo se intensificarem nesse governo, essas práticas nunca (nem nas gestões do PT) foram fortemente inibidas de forma a proteger de fato terras indígenas e o meio ambiente.

A única forma de se avançar por uma política de responsabilidade ambiental é lutando também pela transformação radical das relações agrárias, econômicas, políticas e sociais, colocando as terras, a indústria e o sistema financeiro e político a serviço da maior parte da população, e não mais em função do lucro de meia dúzia de indivíduos capitalistas.

 
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