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Aliança golpista: Globo se esforça para abafar o escândalo e defender Moro e Dallagnol
Yuri Capadócia

Durante o JN de ontem (10) foram vários os esforços da emissora para tentar conter os danos do escândalo das mensagens vazadas entre Moro e Dallaganol, e os demais procuradores da Lava Jato.

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A divulgação das promíscuas trocas de mensagens entre o ex-juiz Sergio Moro e o procurador Deltan Dallagnol, que escancaram o caráter persecutório da Operação Lava Jato, dominaram as redes sociais no dia de ontem (10). Entretanto, durante a edição do Jornal Nacional, foi clara a tentativa do jornal de maior audiência do país de minimizar o escândalo e conter os danos.

Ao noticiar o vazamento das mensagens, que vieram a público em reportagem do site The Intercept Brasil, a emissora fez questão de em primeiro lugar fazer coro com o discurso dos lavajatistas que passaram o dia ignorando o conteúdo e atacando a divulgação das mensagens como ilegal. A flagrante hipocrisia desse discurso não surpreende, a Operação Lava Jato se utilizou recorrentemente do vazamento ilegal de informações para manipular a conjuntura política, dois momentos merecem destaque: da conversa entre Dilma e Lula, que aliás como as mensagens divulgadas pelo Intercept revelam o vazamento foi um cálculo premeditado por Moro que tinha plena consciência da ilegalidade da manobra; e durante as eleições, quando antes do primeiro turno vazou a delação de Palocci para prejudicar o desempenho de Haddad. Nos dois episódios a emissora não gastou nem uma linha ou minuto de fala para questionar a legalidade de tais procedimentos, pelo contrário centrou fogo no conteúdo de tais vazamentos e nos objetivos em comum com a Lava Jato que lhe interessavam: fomentar o golpe e manipular as eleições.

Outra tentativa da emissora para deslegitimar a denúncia foi relativizar a fonte das declarações, ressaltando em todas as oportunidades que o material noticiado era proveniente do site The Intercept, a reportagem chegou ao ponto de colocar em xeque a veracidade das mensagens, dizendo que as falas eram atribuídas aos personagens em questão, quando nem mesmo Moro, Dallagnol ou qualquer procurador negou a veracidade do conteúdo das mensagens.

Mesmo com todas essas manobras para a contenção dos danos, o que a Globo não conseguiu fazer foi ocultar o evidente golpismo exposto. As mensagens mostram como Dallagnol e Moro, acusador e julgador, se articularam para orquestrar a farsa do julgamento de Lula, tendo em vista uma agenda política explícita: girar a conjuntura política à direita em benefício de um projeto de reformas contra os trabalhadores e aumento da subordinação do país.

A Globo, que foi uma das protagonistas do golpe institucional no país, mais uma vez demonstrou seu alinhamento a tais interesses políticos buscando blindar um dos seus parceiros de golpe, a Lava Jato. Assim como o vazamento expôs claramente o viés político da operação Lava Jato, as manobras da Globo reforçam seu caráter golpista.

 
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