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ENTREVISTA COM LUKA FRANCA, JORNALISTA E MILITANTE FEMINISTA, RUA
“Não deixaremos ele propagar seu programa reacionário”
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O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB), foi alvo de um “escracho” na manhã desta sexta-feira (27) na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, onde estava através do projeto Câmara Itinerante, que visa levar pautas do legislativo federal para ser discutidas com a população. Durante a fala de Cunha, militantes ativistas de movimentos feministas, LGBT e organizações de juventude do PSOL, como Juntos! e RUA, começaram o protesto, até que foi ordenada a suspensão da sessão e a PM retirou a força os manifestantes.

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Foto: Mídia Ninja

ED: Vocês e um grupo de jovens se manifestaram na ALESP. Conte-nos porque e quais eram as reivindicações?

Luka Franca: Vários movimentos sociais ligados ao debate de juventude, LGBT, gênero e raça estiveram presentes no plenário Juscelino Kubitschek para repudiar as declarações machistas e homofóbicas de Eduardo Cunha, assim como as ações dele de fazer voltar à tramitação na Câmara dos Deputados de projetos que retrocedem nos direitos das ditas minorias sociais, como o Estatuto da Família e o Dia do Orgulho Hétero. Também estava em pauta o fim do financiamento privado de campanha, visto que Eduardo Cunha é um dos mais ardorosos defensores dessa ferramenta que o capital tem para manutenção estrutural da corrupção no estado burguês.

ED: Saíram em vários meios de comunicação que vocês foram impedidos de continuar a manifestação na ALESP. O que aconteceu?

Luka Franca: Enquanto nos manifestávamos o presidente da ALESP, Fernado Capez, do PSDB, determinou que a PM evacua-se a galeria do plenário. A polícia militar começou a nos empurrar, tentamos ficar no plenário, mas eles nos empurraram escada acima. Eu acabei caindo na escada nesse processo e um bombeiro e um cara de paletó me arrastaram para a entrada do plenário até que outra manifestante segurou a mão de um deles e eu consegui me liberar. Quando estava levantando, um PM me empurrou brutalmente pra fora do plenário e quando me virei para ver a cara da pessoa que havia me empurrado ele me empurrou novamente de forma violenta, gritou comigo e depois foi embora. Depois conseguimos voltar ao final da sessão para denunciar na tribuna o que havia acontecido durante a audiência pública.

ED: Como vocês pensam em seguir a luta contra os setores reacionários e os direitos dos oprimidos?

Luka Franca: A primeira coisa é que em todo lugar que a Câmara Itinerante estiver terá militante LGBT, da juventude, feminista e antirracista, não deixaremos ele propagar seu programa reacionário pelo Brasil e muito menos ficar pagando de bom moço quando está envolvido no escândalo da Operação Lava-Jato. A segunda coisa é que tem se retomado a articulação para a pressão e disputa na sociedade de temas caros para nós, como o financiamento público de campanha, a legalização do aborto, o combate à homofobia e ao ajuste fiscal. Não sairemos do espaço público, mas também os responsáveis pelo acontecido nesta sexta-feira irão responder pela sua truculência. Não deixaremos passar em branco o ataque que sofremos ontem.

 
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