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MÊS DO ORGULHO LGBT
Nenhum orgulho LGBT por Trump comemorar o nosso mês
Virgínia Guitzel
Travesti, trabalhadora da educação e estudante da UFABC
Matheus Correia

Mal começou o mês de Junho, o mês do orgulho LGBT, e já enfrentamos uma enorme provocação: Donald Trump, o reacionário biolionário norte-americano inimigo dos imigrantes, das pessoas trans e dos ideais da libertação sexual "comemora" o mês do orgulho, mas não esquecemos que o primeiro orgulho, foi uma revolta: Stonewall.

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Mal começou o mês de Junho, o mês do orgulho LGBT, e já enfrentamos uma enorme provocação: Donald Trump, o reacionário biolionário norte-americano inimigo dos imigrantes, das pessoas trans e dos ideais da libertação sexual "comemora" o mês do orgulho, mas não esquecemos que o primeiro orgulho, foi uma revolta: Stonewall.

Neste mês, 28 de Junho é a marca de 50 anos da grande Revolta de StoneWall. O dia que mulheres negras, latinas e transsexuais desafiaram a policia e organizaram uma verdadeira revolta, trazendo junto consigo centenas de apoiadores, entre eles os poderosos Panteras Negras, jogando pedras e colocando fogo num bar em Greenwich Village, com os policiais assediadores e agressores dentro. As revoltas não pararam no primeiro dia, e voltaram a se repetir, até que um ano depois, nascia a primeira Parada do Orgulho Gay do mundo, sem saber que este grito por libertação ecoaria por todo o resto do mundo, aonde borbulhavam questionamentos a ordem capitalista e sonhos de uma vida livre de opressão e exploração do trabalho.

Trump com seu reacionarismo e anti-comunismo não tem nenhum compromisso com as LGBT, senão responsabilidade por toda a cadeia de violência que sofremos, nos EUA e no mundo do qual ele faz questão de colonizar e intervir para garantir seus interesses imperialistas. Não há nenhum orgulho do qual ele possa ser parte, a não ser do que temos por combatê-lo e seus ideais retrógrados que levaram Bolsonaro a presidência do Brasil e que hoje cruzam seus objetivos de intervir arbitrariamente na Venezuela. Ele que levantou a ideia reacionária de organizar, pela primeira vez no mundo, um registro nacional de genitálias, vetou transsexuais de participar das forças armadas, a tentativa de impor a definição de sexo biológico a partir das genitálias e expulsou pessoas trans latinas que convivem com HIV do país, é nosso inimigo. Em seu primeiro mês de governo proibiu as pessoas trans de usarem os banheiros às quais se identificavam, com discurso semelhante ao usado pelos Bolsonaristas no Brasil com o Escola sem Partido.

Mas seria apenas um interesse eleitoral de Trump o que estaria por trás disso?

“Como celebramos o mês do orgulho LGBT e reconhecemos as contribuições extraordinárias que as pessoas LGBTs fizeram à nossa nação, vamos também nos colocar em solidariedade com as muitas pessoas LGBTs que vivem em dezenas de países em todo mundo, que punem ou até mesmo executam indivíduos baseando-se em sua orientação sexual. A minha administração lançou uma campanha global para descriminalizar a homossexualidade e convidar todas as nações para juntarem-se a nós neste esforço”, escreveu o presidente.

Quanto cinismo, para um homem que deu todo seu apoio a ninguém menos que Bolsonaro, o maior LGBTfobico da América do Sul que destilou seu ódio em várias entrevistas incentivando agressões aos LGBT’s e que se refletiu durante o período eleitoral onde se aumentou as taxas de LGBT’s mortos.

Claramente Trump tenta se relocalizar no movimento de jovens que voltam a falar do socialismo com as questões democráticas em alta, como demonstrado pela expressiva vitória de políticos como Bernie Sanders e Ocasio-Cortez, que apesar de socialistas terem apenas o nome e por apoiarem a ofensiva imperialista de Trump na Venezuela, captam eleitoralmente esse sentimento à esquerda na juventude estadunidense.

Há 50 anos de Stonewall que reflete a força das LGBT’s contra o preconceito e a violência policial, logo após a incrível experiência do Maio de 68 na França onde os estudantes mostraram seu papel ao lado da classe trabalhadora, devemos retomar as experiências de uma luta que busca seus aliados nos de baixo, na classe trabalhadora, para apontar para uma saída radical para a sociedade com vista ao fim de qualquer opressão e exploração. Nesse projeto não cabe a demagogia de Trump e Bolsonaro, os quais querem nos ver mortos.

 
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