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BRASIL E EUA
Brasil recebe novo apoio dos EUA para a OCDE, um prêmio pelos ataques e cortes
Redação

Conforme havia sido anunciado por Trump durante a visita de Bolsonaro a Washington em março, os Estados Unidos declararam ontem o apoio formal ao ingresso do Brasil na OCDE, um verdadeiro prêmio pelos ataques e cortes contra trabalhadores e estudantes.

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Na última quinta-feira, 23, em reunião fechada, os representantes dos EUA oficializaram junto aos demais países membros a posição antecipada por Trump em março, durante a visita de Bolsonaro a Washington, defendendo a entrada do Brasil na OCDE. Isso põe fim a um período de impasse, já que desde o ano passado a posição da Casa Branca era contrária à incorporação de quaisquer novos membros no órgão.

O apoio não significa, porém, que a entrada do Brasil na OCDE esteja iminente. Os países europeus, apesar de defenderem a entrada de novos membros, dão prioridade para postulantes da Europa, baseados no princípio da paridade entre os continentes. Além disso, o Brasil é o último dos seis países a pedir ingresso no grupo. A Argentina já tinha seu pedido formalizado, e também conta com o apoio de Washington, sendo o país com processo mais avançado para sua aceitação. Peru, Croácia, Bulgária e Romênia completam a fila de espera.

O que coloca o Brasil na frente dos outros países é que, mesmo antes de ser aceito no órgão, já vem realizando as reformas liberais, os planos de austeridade, e os ataques aos trabalhadores recomendados aos membros.

O que muda se o Brasil entrar na OCDE

A missão oficial da OCDE é facilitar a cooperação econômica entre os países membros, com base na troca de experiências e na abertura de barreiras de negociação comercial. Na prática, isso significa facilitar o acesso dos imperialistas às riquezas das nações menos desenvolvidas, que aceitam se render à exploração estrangeira em troca de vantagens para sua burguesia local e migalhas para a população trabalhadora.

Atualmente, o Brasil é considerado um dos parceiros-chave da organização, junto com China, Índia, Indonésia e África do Sul. Isso já nos coloca na mira dos países membros, especialmente os mais ricos, como EUA e Alemanha, que têm multinacionais instaladas aqui e querem ver mudanças nas nossas leis para favorecê-los cada vez mais. Ao passar de país parceiro para país membro, o Brasil vai aceitar ainda mais a ingerência dos imperialistas sobre nossos negócios, deixando ainda mais fácil que eles levem embora nossas riquezas.

 
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