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MINAS GERAIS
Mais de 100 mil nas ruas de BH: há disposição para derrotar os cortes e a reforma
Redação Minas Gerais

Neste 15M ocorreu uma das maiores manifestações na cidade nos últimos anos. Também aconteceram protestos contra os cortes na educação e a Reforma da Previdência em pelo menos 21 cidades de Minas Gerais, em todas regiões do estado. Como seguir a luta para derrotar o governo Bolsonaro?

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No dia nacional de greve geral na educação, em todo o país mais de 1 milhão de pessoas foram às ruas contra os cortes na educação e contra a Reforma da Previdência do governo Bolsonaro, e Belo Horizonte foi um dos destaques, com mais de 100 mil pessoas nas ruas. Na capital, estiveram na manifestação a UFMG, professores e trabalhadores da educação estaduais e municipais, UEMG, PUC, CEFET, secundaristas de diversas escolas.

A UFMG, que já havia feito uma assembleia com mais de 1500 estudantes na semana anterior, amanheceu paralisada e milhares de estudantes, trabalhadores e professores formaram um grande bloco. Os estudantes indígenas da universidade também se fizeram presentes. Foram mais de 3000 pessoas somente entre os que desceram da concentração realizada na Faculdade de Medicina, além dos que se somaram no decorrer da manifestação.

A paralisação foi massiva em professores e trabalhadores da educação estaduais e municipais, que também saíram aos milhares às ruas. Estudantes, professores e técnicos-administrativos da UEMG e da PUC também se fizeram presentes. Os estudantes do CEFET-BH formaram um bloco próprio de centenas de estudantes que se somou à manifestação.

Estudantes de institutos federais também reuniram pela manhã importantes blocos de estudantes que se somaram à mobilização, assim como secundaristas das escolas paralisadas na região metropolitana de BH. Os petroleiros realizaram um protesto na Refinaria Gabriel Passos (Regap) atrasando a entrada, em um ato contra a privatização e em apoio à luta contra os cortes da educação e contra a Reforma da Previdência.

Veja fotos:

Juventude da UFMG canta: “a nossa luta unificou, é estudante junto com trabalhador!”

Professores

CEFET

UEMG

As maiores cidades de Minas Gerais além da grande BH também tiveram importantes mobilizações, como em Juiz de Fora, Uberlândia, Uberada, Montes Claros e Poços de Caldas. Cidades com grandes universidades, como Ouro Preto e Viçosa também tiveram grandes mobilizações. Veja fotos:

Juiz de Fora

Uberlândia

Uberaba

Montes Claros

Poços de Caldas

Ouro Preto

Viçosa

Desafios para unir estudantes e trabalhadores em uma só luta

A juventude que era maioria nas ruas cantava junto dos trabalhadores contra os cortes na educação e em defesa das universidades, denunciando o governo ligado às milícias e os privilégios oferecidos aos banqueiros, e também contra a Reforma da Previdência que vai impedir a imensa maioria da população de se aposentar.

A possibilidade de unir todas as lutas contra o governo Bolsonaro é enorme. Ao contrário do que partidos como PT, PCdoB e outros de oposição ao governo Bolsonaro vêm fazendo, é preciso unificar o combate aos cortes na educação e à Reforma da Previdência. Não à toa esses partidos querem enfraquecer as lutas, usando suas forças nas principais entidades sindicais e estudantis do país (como a CUT, a CTB e a UNE): governadores do PT já declararam apoio à Reforma da Previdência, mediante a retirada de alguns pontos mais impopulares mas mantendo a idade mínima e o tempo de contribuição. Por isso é que a UNE (dirigida pela UJS/PCdoB) convocou para o dia 30/05 um dia de lutas somente contra os cortes na educação, sem um chamado à paralisação de trabalhadores e sem mencionar a Reforma da Previdência.

Leia também: O desafio histórico do movimento estudantil após o 15M

Não fosse esse “rabo preso” com a Reforma da Previdência, o dia 15 de Maio teria sido ainda mais forte, com a paralisação de toda a classe trabalhadora. A CUT-MG (dirigida pelo PT) está na direção dos principais sindicatos do estado: além da educação (que se mobilizou), dirigem trabalhadores dos Correios, bancários, metalúrgicos e diversos sindicatos da mineração, mas a central não fez um chamado para paralisação geral das categorias, para que de fato se unam as lutas.

A nível nacional, a Força Sindical e a UGT são a mostra mais grotesca da estratégia conciliadora da burocracia sindical com o governo Bolsonaro. Paulinho da Força (Solidariedade), deputado e dirigente da central sindical, e Ricardo Patah, da UGT, em pleno 1º de Maio já haviam se pronunciado contra uma greve geral e a favor de uma Reforma da Previdência, mudando alguns pontos da reforma de Bolsonaro.

É preciso transformar o 30M em um dia de greve geral contra todos os ataques do governo Bolsonaro

Por isso nós do MRT e do Esquerda Diário, junto à juventude Faísca e ao grupo de mulheres Pão e Rosas, exigimos da UNE que a convocação do ato nacional do dia 30/05 seja contra os cortes na educação e também contra a Reforma da Previdência. Exigimos das centrais sindicais como a CUT e a CTB que se somem à mobilização do dia 30/05 para um dia de greve geral de todas as categorias, como os petroleiros já apontaram o caminho no próprio 15M, com uma mobilização conjunta.

O DCE-UFMG – dirigido majoritariamente pelo Afronte/PSOL e Correnteza/UP – e outras entidades estudantis do estado, devem também se unir à exigência à UNE e às centrais sindicais, demandando também um comando nacional de delegados (representantes) eleitos em assembleias de base, que coordene, massifique e dirija a luta nacional contra o governo Bolsonaro.

O PSOL, com seus parlamentares – Áurea Carolina, Andréa de Jesus, Cida Falabella e Bella Conçalves – pode cumprir um papel importante nessa mobilização exigindo da CUT e das centrais sindicais uma mobilização conjunta, mudando sua política de separação das duas pautas, o que até agora não parece querer fazer.

Não podemos aceitar o argumento do “déficit” na Previdência enquanto os bancos batem recordes de lucros e o país entrega 1 trilhão por ano para o pagamento da infinita e fraudulenta dívida pública. Enquanto as grandes empresas devem mais de 450 bilhões para a Previdência Social e recebem anualmente mais de 350 bilhões de isenções fiscais. Nossa batalha é contra todos ataques do governo Bolsonaro e pelo não pagamento da dívida pública, para que os capitalistas paguem pela crise.

Leia também: "As centrais sindicais precisam antecipar a greve geral unificando no dia 30 de maio com a juventude", diz Flavia Valle

 
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