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SUPLEMENTO DA FT-QI
Argentina: Partido de los Trabajadores Socialistas (PTS)
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Uma nova situação emergiu no país, dentro do marco de um acordo firmado com o Fundo Monetário Internacional (FMI). A tutela desse órgão internacional sobre a economia nacional pelos próximos anos é aceita por todas as forças políticas patronais, seja através de um apoio aberto (como Macri, os governadores das províncias e a intersindical CGT) ou por negar o planejamento de uma ruptura com o órgão (como propõem o kirchnerismo e as correntes sindicais que o apoiam). Essa situação implica a reconfiguração de um regime político ainda mais subordinado ao capital financeiro internacional e às principais potências imperialistas, que propõem como saída da crise o aprofundamento da miséria e a degradação crescente das condições de vida, fazendo o povo trabalhador ser o maior pagador dessa crise.

Frente a esse cenário, o PTS, atuando na Frente de Esquerda e dos Trabalhadores (FIT, no espanhol) é claro: temos que derrotar o FMI, Macri e os governadores. O kirchnerismo, aliado da burocracia sindical, da Igreja e dos governadores peronistas do Partido Justicialista (PJ) não representa qualquer alternativa. Essa crise tem de ser paga pelo empresariado, pelos bancos e pelos latifundiários. Para isso temos que construir uma grande força política que impulsione a mobilização independente dos trabalhadores, das mulheres e da juventude. Lutamos por um governo do povo trabalhador e que rompa com o capitalismo.

Com isso em mente, nesse momento em que ainda não há grandes ações de luta das massas nas ruas e de enfrentamento agudo entre as classes, o PTS busca reagrupar, desde já, milhares de trabalhadores e trabalhadoras, jovens e estudantes que estejam lutando por esta perspectiva, e junto a eles e às forças com as quais integramos a Frente de Esquerda começaremos a desenvolver um grande processo de agitação política, com a intenção de ser colocado às grandes maiorias do povo trabalhador para que milhões possam tomá-lo em suas próprias mãos.

Dessa maneira, contra os que afirmam que é preciso se resignar a uma espécie de “mal menor”, aspiramos fortalecer a preparação política, levantando um programa para unir as fileiras dos explorados e oprimidos – empregados, desempregados, jovens com trabalhos precários, o movimento de mulheres, etc. – para quando efetivamente a mobilização das massas romper o aparato de contenção montado para impedi-la e imponha seus interesses à situação, exista uma força social e política capaz de planejar seriamente a ação nas ruas para derrubar por completo o regime do FMI e dos partidos patronais.

Não há nenhum muro que separe esses momentos, depende apenas do próprio desenvolvimento da ação de massas. O colapso econômico e social que está se formando oferece as condições para que apenas uma faísca possa romper a passividade atual e abrir um novo período de enfrentamentos entre as classes na Argentina.

Como parte dessa preparação, o PTS desenvolve correntes classistas e em perspectiva revolucionária no interior dos sindicatos, nos transportes, nos setores de serviços, na educação e nas empresas estatais, impulsionando nacionalmente o Movimento de Agrupações Classistas, como também o movimento estudantil, onde tem atividade em praticamente todas as universidades do país, no ensino médio e nos institutos particulares. A agrupação de mulheres Pan y Rosas também é impulsionada, sendo a principal organização militante do movimento de mulheres do país e que já vem cumprindo um papel protagonista nas grandes mobilizações pelo direito ao aborto e pelos direitos da mulher trabalhadora.

O PTS luta por desenvolver a mais ampla solidariedade e coordenação ao redor de cada luta, para que esta triunfe e proponha impulsionar as tendências ao reagrupamento e à coordenação que possam começar a existir entre a classe trabalhadora, como primeira resposta aos ataques patronais e governamentais. Para a estratégia revolucionária do trotskismo, estas tendências constituem uma base fundamental para avançar na perspectiva de restaurar as antigas coordenadoras ou outras organizações que apontem para a recuperação da experiência histórica dos conselhos operários (e dos demais setores oprimidos) quando os enfrentamentos se tornarem mais agudos.

Ao mesmo tempo, o PTS denuncia a trégua das centrais sindicais e levanta de forma urgente a necessidade de se organizar para fazer sentir com força a exigência de uma paralisação geral de 36 horas, na perspectiva de uma greve geral ativa para derrotar o FMI, Macri e os governadores. Quer a irrupção da luta de classes se inicie através dos sindicatos ou por fora deles, nos preparamos para a passagem à ação das grandes massas, abrindo uma nova situação da luta de classes na Argentina e que coloque para a ação a derrubada do regime do FMI e dos partidos a favor dos patrões.

O PTS, que conta com vários milhares de militantes em todo o país, põe todas as suas forças e recursos a serviço desta perspectiva, assim como também se utiliza da influência de suas forças parlamentares para tal objetivo, sendo parte da Frente de Esquerda, da qual também são parte o Partido Obrero (PO) e a Izquierda Socialista, contando com três deputados federais e quase 40 bancadas parlamentares a nível estadual e municipal, chegando ao patamar de um milhão de votos já acumulados em todas as últimas seis eleições.

Como parte dessa mesma preparação, o partido participará das eleições de 2019, em que as chapas da FIT estarão encabeçadas por Nicolás Del Caño (PTS) como candidato a presidente e por Romina Del Pla (PO) como vice.

Seu sistema de meios de comunicação também está a serviço desta tarefa, começando pelo La Izquierda Diario, que vem nesses últimos tempos se consolidando como o veículo de informação da esquerda mais importante do país, com quase 25 milhões de visitas só em 2018, assim como o programa radical na rádio El Circulo Rojo, as produções audiovisuais da TV PTS, o semanário teórico-político Ideias de Esquerda, os livros da editora IPS-CEIP, o Campus Virtual – IPS Karl Marx, o Centro de Estudos e Publicações Leon Trotsky, etc.

Toda esta atividade está colocada para a construção de um grande partido revolucionário e internacionalista dos trabalhadores, do qual necessita a classe trabalhadora e os setores oprimidos para vencer, assim como a proposta que vem levantando o PTS de debater as bases para a conformação de um grande partido unificado com as organizações que se reivindicam da classe trabalhadora, revolucionárias e socialistas, tomando como base o programa e a perspectiva que defende a Frente de Esquerda.

 
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