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15M | PUC-SP
PUC-SP vota adesão ao 15M contra os cortes na educação e a reforma da previdência
Redação

PUC-SP vota adesão ao 15M contra os cortes na educação e a reforma da previdência.

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Em assembleia lotada de estudantes, professores e funcionários ocorrida nessa terça, 14, a comunidade puqueana votou massivamente a favor de aderir à paralisação dessa quarta, 15. A assembleia também votou ir ao ato em bloco com o mote “Nosso futuro não está em negociação: uma só luta contra a reforma da previdência, os cortes de Bolsonaro e o desemprego”, proposto pela juventude Faísca – Anticapitalista e Revolucionário.}

A partir das 10h haverá na PUC-SP com oficina de materiais para levar à manifestação e concentração em frente ao TUCA a partir de meio dia para seguir ao ato, que será às 14h no MASP. O Bloco da PUC-SP irá se concentrar em frente a Gazeta.

Exigimos da reitoria e de todos os departamentos da PUC-SP que possibilitem que os estudantes possam exercer seu direito a paralisação, votada em assembleia, sem qualquer tipo de punição da instituição.

Enquanto acontecia a assembleia a UOL soltou uma matéria fake news dizendo que Bolsonaro havia recuado e mandado o MEC suspender o corte, o que foi muito comemorado em fala de Carina Vitral, militante da UJS e ex-presidente da UNE. Porém Carina e a burocracia da juventude do PCdoB cantaram vitória cedo demais, indicando seu desejo em desarticular as manifestações desse dia 15, enquanto a própria Casa Civil e o MEC desmentiram o recuo em questão de minutos.

Esse enorme ataque à educação pública, com um corte de verbas que chega a inviabilizar o funcionamento de diversas universidades e institutos federais, é uma ofensiva que busca avançar no desmonte da universidade pública e sua consequente privatização, assim como quer atacar a produção de ciência e pensamento crítico nas escolas e universidades, plano esse que vai de encontro com o projeto bolsonarista de entrega de nossas riquezas ao capital estrangeiro e maior submissão ao imperialismo estadunidense. Além disso, os cortes são também uma chantagem do governo, que quer usá-los como “moeda de troca” para aprovar a reforma da previdência.

As centenas de paralisações que ocorrem nessa quarta, inclusive com universidades privadas como a PUC-SP e a PUC-Rio - que também sentem os cortes com o fim das bolsas de pesquisa - aderindo ao dia de luta, mostram a enorme disposição dos estudantes para barrar os ataques de Bolsonaro. Os estudantes da PUC-SP se somarão nas ruas ao lado dos professores e funcionários da pontifícia, mas também da rede pública, de outras universidades, secundaristas e outras categorias de trabalhadores que estarão juntos nesse dia de mobilização.

O movimento estudantil pode cumprir um papel histórico, assim como a tradição que a PUC-SP carrega em sua história de resistência, se aliando à classe trabalhadora para lutar contra os cortes na educação, levantando junto a demanda contra a reforma da previdência, mostrando como são parte de uma mesma luta. Frente a crise capitalista, o governo faz suas chantagens, usando a educação como uma moeda de troca para aprovar sua nefasta reforma da previdência e obrigar a maioria da população trabalhar até morrer. Mas como foi discutido e votado na assembleia, o futuro dos estudantes e dos trabalhadores não está em negociação!

A UNE, que é dirigida pela UJS (juventude do PCdoB), vem defendendo que o dia 15 de maio é um dia de luta contra os cortes na educação, e secundarizam a luta contra a reforma da previdência. Fazem isso porque apoiaram Rodrigo Maia, o articulador da reforma da previdência para a presidência da Câmara dos Deputados. Por isso também cantam vitória em cima de fake news tão ansiosamente, confiando nas palavras de aliados de Bolsonaro que atuam apenas para gerar desmobilização, que foram desmentidas minutos depois. O PT faz um discurso contra a reforma de Bolsonaro, mas seus governadores se propuseram a articular melhorias nessa reforma. Tábata Amaral, do PDT, agora ganha espaço na mídia como defensora da educação, mas também defende a reforma da previdência. É preciso rechaçar por completo qualquer projeto de reforma, pois é uma grande mentira o discurso de que a solução frente ao desemprego e a situação extrema de crise é retirar o direito dos idosos.

A partir da intervenção da juventude Faísca, foi feito também um chamado ao PSOL, que até agora se absteve de dar luta política contras as burocracias estudantis do PT e do PCdoB, a colocar suas entidades estudantis e seu peso parlamentar a serviço dessa luta. Também foi defendido que, para articular essa mobilização nacional, é fundamental aprovar um comando de delegados eleitos pela base, como foi aprovado no IFCH na Unicamp e no Teatro e nas Artes da UFRGS, para que os estudantes e trabalhadores possam tomar essa luta em suas mãos. Também foi exposto que, enquanto a extrema direita constrói seu discurso radicalizado contra as universidades públicas, é preciso um movimento estudantil que também queira radicalizar o acesso, defendendo as cotas étnico-raciais e levantando o fim do vestibular junto à estatização das universidades privadas nas mãos da juventude e dos trabalhadores da educação.

São eles ou nós! A PUC-SP se soma nessa forte mobilização do dia 15, em uma só luta contra os cortes na educação e a reforma da previdência. É necessário uma voz independente da juventude por um programa e estratégia que de fato estejam a serviço de vencer Bolsonaro e arrancar outra perspectiva de futuro.

Veja a declaração da Faísca para o 15M: 15M: uma só luta contra os cortes de Bolsonaro e a Reforma da Previdência

 
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