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15M
Nota do centro acadêmico de Filosofia da UFRGS chamando para a paralisação do 15M
Redação

Nota pública do Centro Acadêmico dos Alunos de Filosofia (CAdAFi) da UFRGS: Paralisar no 15 de maio contra os cortes na educação e a Reforma da Previdência!

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PARALISAR A UNIVERSIDADE QUARTA-FEIRA (15/05) CONTRA OS CORTES NA EDUCAÇÃO E A REFORMA DA PREVIDÊNCIA!

Bolsonaro e seu ministro Abraham Weintraub entraram em uma nefasta cruzada contra a educação, a pesquisa, o pensamento crítico e a classe trabalhadora. O que começou por uma ameaça aos cursos superiores de Filosofia e Sociologia e escalonou para um amplo ataque contra a educação e a pesquisa no Brasil tem um propósito muito claro: é a expressão de um projeto político ultra-neoliberal que visa avançar na privatização do ensino superior e no desmonte da educação pública, a fim de torná-la fonte de lucro para os tubarões do ensino privado que vêm ganhando espaço no país há décadas. Não por acaso, desde o início do ano houve um aumento de 70% no registro de entidades privadas no MEC. O aumento das ações das 3 maiores empresas de ensino privado no país (Kroton, Estácio e Ser), após a radicalização dos cortes por parte do governo nos últimos dias, também é um representativo de a quem interessa o fim da educação e pesquisa pública no país.

Atacar a ciência e o pensamento crítico é um dos principais objetivos desse governo obscurantista e reacionário, facilitando a entrega de nossos recursos naturais ao imperialismo e debilitando o que pode ser um dos principais pólos de resistência a estratégia capitalista: a juventude e o seu potencial explosivo contra a reforma da previdência e os cortes na educação. Querem usar esses cortes como “moeda de troca” para passar a reforma, o próprio MEC anunciando em nota oficial que “o bloqueio de recursos poderá ser revisto caso a reforma da previdência seja aprovada no Congresso”. Contra toda e qualquer chantagem do bolsonarismo, é preciso unificar estudantes e trabalhadores em uma luta em comum. Precisamos nos unir com os professores de todo o país neste dia 15/05, contra os cortes e a reforma que quer nos fazer trabalhar até morrer!

PELA MASSIFICAÇÃO DE ASSEMBLEIAS DE ESTUDANTES E TRABALHADORES, UNIFICAR A LUTA E CONSTRUIR A GREVE GERAL DO DIA 14/06!!

Em meio a essa verdadeira balbúrdia está o carro chefe do governo para supostamente tirar o Brasil da crise: a reforma da previdência, vendida pelo governo e os noticiários como necessária, mas que causará grande impacto negativo na vida dos trabalhadores e principalmente da juventude. Se já com a reforma trabalhista de Temer acentuou-se o processo de precarização do trabalho no Brasil, colocando a parcela mais pobre e precarizada da população em subempregos sujeitos a todo tipo de ameaças, a reforma da previdência de Bolsonaro irá fazer com que o conjunto da classe trabalhadora trabalhe até morrer e se veja pressionada a se sujeitar à precarização tanto para complementar renda quanto para ter uma carteira assinada e poder cogitar se aposentar algum dia. O desemprego, que atualmente atinge 13 milhões de trabalhadores no país, também não será resolvido por essa reforma (diferente do que mente o governo), pelo contrário, aumentará e atingirá principalmente a juventude – que atualmente já se encontra com uma taxa de desemprego que beira os 25% - na medida em que postos de trabalho atualmente ocupados não serão repostos.

Tanto os cortes na educação quanto a reforma da previdência tem admitidamente entre os seus objetivos disponibilizar recursos federais para o pagamento da dívida pública da União, uma dívida fraudulenta e ilegítima que escraviza o país aos interesses de um punhado de banqueiros e do mercado financeiro internacional. O governo propaga uma grande mentira ao afirmar que os seus ataques irão resolver os problemas do país. Paulo Guedes afirma que a reforma da previdência irá economizar 800 bilhões em 10 anos, mas, ao mesmo tempo, visa utilizar esse dinheiro para pagar a dívida e os seus juros, que roubam cerca de 1 trilhão de reais todos os anos, dos bolsos do trabalhador para os bolsos de ricos especuladores e banqueiros. O mesmo Estado que nos impõe o pagamento trilionário de uma dívida sacralizada pelos capitalistas perdoa 450 bilhões em dívidas de ricos e isenta outros 350 bilhões por ano de grandes empresas, no país com o judiciário mais caro do mundo e o segundo Congresso mais caro.

As centrais sindicais fazem um chamado ao dia 14 de junho, enquanto os sindicatos da educação e entidades estudantis convocam ao dia 15 de maio como dia nacional de luta. Separar por um mês os dias de mobilização e separar a luta contra os cortes na educação e pesquisa da luta contra a reforma da previdência é um desserviço. Uma agenda de lutas não deve ser definida descolada da base em gabinetes sindicais, mas refletir elementos reais de luta que se acentuam no presente. É preciso organizar assembleias massivas em cada local de estudo e de trabalho para organizar a luta até o dia 14/06, e para que este dia manifeste uma força real de estudantes e trabalhadores contra os ataques. Confiemos somente em nossas próprias forças para derrotar o governo Bolsonaro e os ataques dos capitalistas.

 
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