“Meio Ambiente é o câncer do País”, diz o empresário Luciano Hang, na câmara de
vereadores de Joinville (SC) evidenciando a sua ganância em obter ainda mais lucros. Hang demonstra mais uma vez o seu lado, o da classe dominante, com sua urgência em implementar “empreendimentos” não se importando com os impactos nos locais de construção de suas lojas e consequências à população.
Em março deste ano, o bilionário da Havan ligou para o comandante do 3º Grupo de
Artilharia Antiaérea pedindo indicações para cargos de gerência, claramente com
objetivo de obter contratações de funcionários com um perfil que venha a impor uma rotina de trabalho diário desgastante, colocando inúmeras tarefas aos demais
funcionários para que seja possível bater metas e lucrar com maior facilidade. Em abril, Hang publicou nas suas redes sociais críticas em relação à demora do processo de licenciamento de novas lojas da Havan em Joinville.
Nesta sessão da câmara em Joinvile, Hang novamente se coloca como um representante ativo do empreendedorismo empresarial e os objetivos da burguesia, sejam eles de maior exploração da mão-de-obra humana ou de recursos ambientais. Hang citou um estudo de impacto de vizinhança, exigido para a implantação de grandes empreendimentos, afirmando o empresário enfrenta uma corrida de obstáculos para empreender”.
Hang em sua fala exterioza sua raiva pelas regulamentações ambientais, as quais se apontam como empecilhos para o crescimento empresarial, demonstrando-se com um bom representante das necessidades de uma classe que segue se beneficiando com um governo Bolsonaro, o qual anuncia um corte de 30% no orçamento das universidades federais em um cenário de profundo desemprego, crise e carestia de vida, endividamento, precarização do trabalho, abuso de poder do exército e dos governos, em particular Witzel no Rio e Janeiro.
Tal contexto está levando a diversas manifestações de estudantes, atos e assembleias nos últimos dias para construção de uma grande paralisação no dia 15 de maio que está demonstrando que há uma força viva e quer romper com a miséria do possível imposta pelos capitalistas como Luciano Hang e pela classe dominante em nosso país.
A juventude mostra o caminho! Enquanto o governo quer fazer da educação uma moeda de troca para aprovar a reforma da previdência, devemos nos apoiar na disposição dos estudantes e exigir que as centrais sindicais ao invés de chamar uma greve para o dia 14 de junho organize assembleias de base junto com a UNE em todo local de trabalho e local de estudo, para fazer esse governo tremer com um só punho.
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