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CORTES NA EDUCAÇÃO
Governo obscurantista corta bolsas de mestrado e doutorado em todo o país
Redação
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A gestão do presidente Jair Bolsonaro (PSL) bloqueou, de forma generalizada, bolsas de mestrado e doutorado oferecidas pela Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior)

Nesta quarta-feira, bolsas que que estavam temporariamente sem uso foram retirados do sistema do órgão de fomento ligado ao Ministério da Educação.

Essas bolsas bloqueadas pertenciam aos alunos que apresentaram seus trabalhos recentemente e seriam destinadas a estudantes aprovados em processos seletivos concluídos ou em andamento.

O corte das bolsas afetou não só áreas de humanas, que segundo a gestão do ministro Abraham Weintraub não são prioridade do investimento público, como também as áreas de ciências biológicas e exatas.

Só no Instituto de biociências da USP, 38 bolsas foram cortadas. Na Unicamp, 40 bolsas foram suspensas, segundo levantamento preliminar da instituição. Universidades estaduais e federais em todo o país foram afetadas, gerando ódio entre estudantes que em várias cidades saíram em protestos.

Há ainda relatos semelhantes de corte de bolsas não ocupadas em outros Estados, como Paraná, Minas Gerais, Goiás e Ceará. Na UEL (Universidade Estadual de Londrina), ao menos 38 bolsas que seriam concedidas no início do segundo semestre sumiram do sistema. Na UFC (Universidade Federal do Ceará) 61 bolsas que estavam vagas também sumiram do sistema.

Enquanto há o sucateamento da produção cientifica, congelamento de gastos públicos em diversas áreas e se tenta aprovar o quanto antes da Reforma da Previdência, a dívida pública segue sendo paga, sugando uma grande parte do orçamento que a União arrecada, devido uma dívida ilegítima que só cresce e beneficia o capital estrangeiro imperialista.

Mais do que nunca, é preciso levantar a necessidade de unificar as categorias, lado a lado aos jovens, por um programa que imponha que sejam os capitalistas a pagarem pela crise. Apenas abolindo o pagamento da dívida pública, ilegal, ilegítima e fraudulenta, que assegura a espoliação imperialista no país e enche os bolsos dos banqueiros, é possível garantir que haja investimento na educação, que já vem sendo atacada pela PEC 55, e direito à aposentadoria.

A aliança potente entre estudantes e professores, como porta-voz do conjunto da classe trabalhadora e da juventude sistematicamente excluída das universidades pelo filtro social do vestibular, pode incendiar outras categorias e derrotar os ataques de Bolsonaro de conjunto.

Entretanto, as centrais sindicais vêm de trégua ao governo há meses, e setores como Paulinho da Força já declararam a necessidade negociar a Reforma da Previdência, defendendo uma “versão mais desidratada” (nem a CUT nem a CTB, dirigidos pelo P e PCdoB, protestaram contra a afirmação de Paulinho).

O PDT, com Tábata Amaral, filha da Fundação Lehman e de seu projeto privatista de educação, defende a Reforma da Previdência “com ajustes” aos quatro ventos. Esse partido teve o PCdoB como aliado na Câmara servindo de apoio a Maia, que articula esse grande ataque. Junto ao PT à frente da CUT e da CTB, que vêm sendo parte dessa trégua e têm em seus governadores no Nordeste posições favoráveis à implementação da Reforma em seus estados.

Agora, a CNTE está chamando uma paralisação nacional da educação no próximo dia 15 de Maio e se anunciou uma greve geral no próximo dia 14 de Junho. Mais do que nunca, não podemos deixar os professores sozinhos. A CUT e a CTB precisam convocar assembleias e reuniões nos lugares de trabalho por uma efetiva paralisação no próximo dia 15 contra a Reforma da Previdência e os ataques à educação. A União Nacional dos Estudantes, que prepara seu Congresso neste ano e já adiou sua data para dias úteis em que jovens trabalhadores não poderão ser parte, precisa coordenar as medidas em centenas de universidades para que o movimento estudantil entre em cena como potente aliado aos professores e aos trabalhadores de conjunto, cumprindo o papel que eles tanto temem.

É unindo forças que podemos derrotar os ataques de Bolsonaro, impor o não pagamento da dívida pública e a garantia de um projeto de universidade e de educação que estejam a serviço da classe trabalhadora, e não das empresas, levantando o fim do vestibular e a estatização das universidades privadas.

Também com isso, podemos assegurar a revogação da PEC 55, da Reforma Trabalhista e da lei de Terceirização Irrestrita, junto a um plano de obras públicas e à redução da jornada de trabalho sem redução salarial, que enfrentem o desemprego.

É preciso fazer com que os capitalistas paguem pela crise.

 
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