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PALESTINA
Netanyahu, apoiado por Bolsonaro, ordena escalada militar contra os palestinos da Faixa de Gaza
Redação

Nesse domingo (5), as forças sionistas que comandam o estado de Israel, sob a liderança do recém-eleito primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, ordenaram um ataque massivo de mísseis balísticos ao território palestino da Faixa de Gaza, depois de uma escalada nas tensões militares entre as duas regiões nos últimos dois dias.

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Até o momento dessa publicação, 24 palestinos e 4 israelenses foram mortos no conflito, com cerca de 200 domicílios palestinos destruídos pelos ataques, para além da destruição de mesquitas e da infra-estrutura urbana já precária do território palestino.

Dentre os mortos por causa do ataque israelense, incluem-se o comandante do braço armado do Hamas (partido que governa a Faixa de Gaza), assim como duas mulheres grávidas e três crianças, entre outras vítimas. Por sua vez, os mortos do lado israelense foram vítimas dos bombardeios que a Jihad Islâmica e o Hamas realizaram, em resposta ao ataque sofrido em Gaza.

O conflito começou nessa sexta (3), quando, geralmente, manifestantes palestinos vão à fronteira com Israel para protestar contra a prisão ao céu aberto na qual eles estão confinados. No entanto, houve trocas de tiros dos dois lados, o que levou a uma escalada nos confrontos.

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Nentanyahu, declarou nesse domingo que orientou às Forças Armadas que se preparassem para uma ação ultra-ofensiva contra todos os palestinos, que contaria com um operativo intenso de “tanques, artilharia e forças de infantaria” para reforçar a ocupação do território da Faixa de Gaza. Nas palavras de Netanyahu, esse é o “alto preço” que os palestinos irão pagar pelos ataques supostamente cometidos pela Jihad Islâmica e pelo Hamas.

Por sua vez, a Jihad Islâmica, o Hamas e outros grupos armados na Faixa de Gaza, se limitaram a afirmar que responderiam defensivamente à escalada militar feita por Israel. Sinais de que o conflito tem todo o potencial de se agravar.

Nas declarações cínicas feitas pelas Forças Armadas, a morte de Falastine Abu Arar, que estava até então grávida, e de outras vítimas na Faixa de Gaza, foram responsabilidade dos mísseis vindos do Hamas, e não pelo lado israelense. Em relação a morte do comandante do Hamas, identificado por Hamad al-Khodori, o exército o acusou de ser um agente da República Islâmica do Irã, e de “transferir grandes volumes de dinheiro” desse país para as facções armadas em Gaza.

Bolsonaro também é responsável pelo massacre que se avizinha em Gaza

Ainda há muito que se observar, analisar e tirar conclusões dessa escalada bélica e assassina do governo de Netanyahu, entretanto, fica claro que ele está se engajando em “mostrar serviço” ao lobby e à sua base reacionária e sionista, tanto dentro do país quanto no exterior, em potencializar e prometer novos ataques contra os palestinos na Faixa de Gaza.

O líder dos assassinatos em série, senhor Benjamin Netanyahu, passou por uma eleição muito disputada com seu opositor também de direita, o general Benny Gantz, e sob uma chuva de ataques e casos de corrupção envolvendo seu nome, o de sua família e de círculos políticos e empresariais que apoiam seu governo. Mesmo assim, Netanyahu conseguiu se reeleger, porém mais enfraquecido e com uma estreita margem de diferença.

Foi nesse ambiente que Bolsonaro, sua família e os círculos empresariais e evangélicos que o apoiam, contribuíram com a re-eleição do primeiro-ministro israelense, como mais uma expressão da sua política externa reacionária. Além de querer transformar o Brasil numa plataforma de exploração imperialista e aliado dos interesses golpistas de Trump na Venezuela, ainda procura estreitar alianças com o estado sionista de Israel em apoio a sua política de massacre do povo palestino. Por isso é responsável pela escalada colonial da política de assentamentos de famílias judias nos territórios ainda ocupados por palestinos, como na Cisjordânia e no lado oriental de Jerusalém, assim como a agressividade externa de Israel contra outras nações do Oriente Médio, em especial com o Irã.

Seu filho, Eduardo Bolsonaro (PSL), enfatizou esse posicionamento ao cancelar no dia de hoje uma audiência com embaixadores do Irã e da Palestina após os bombardeiros nesse fim de semana, dizendo que Israel é vítima de ataques e que “jamais lança foguetes aleatoriamente contra civis”. Defendeu que o sionismo está “reagindo”, legitimando as vítimas, em sua parte grávidas e crianças, do lado da Faixa de Gaza, presas em ruínas, de baixo de um céu de fogo constante por parte de Israel, apoiado pelos EUA.

Nesse sentido, o ataque realizado pelas forças armadas sionistas contra o território palestino da Faixa de Gaza mostra a disposição de Bolsonaro de fazer do Brasil impulsor da direita internacional, em especial ao sionismo e à sua ideologia nefasta de desejar a limpeza étnica do país exterminando os palestinos.

O Esquerda Diário repudia esse novo massacre sionista do povo palestino e defendemos o direito do retorno de todos os refugiados às terras que foram expulsos. É abominável o papel que cumpre a grande imprensa brasileira e internacional, que retrata o conflito como se fosse uma guerra entre iguais, destacando os 4 mortos de Israel e ignorando as mortes de dezenas de palestinos. Israel, produto de uma ocupação colonial imperialista por parte dos Estados Unidos, que expulsou e tirou o direito dos palestinos de viverem nas suas terras ancestrais, por isso defendemos uma Palestina laica, antirracista e socialista contra a opressão colonial e a limpeza étnica reacionária apoiada pelo bolsonarismo.

 
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