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RIO GRANDE DO NORTE
Estudantes da UFRN aprovam paralisação para o dia 15 de Maio
Redação Esquerda Diário Nordeste

Na última sexta-feira, 3, cerca de 300 estudantes de diversos cursos se reuniram em frente ao DCE da UFRN para debater a situação política nacional diante dos brutais cortes do MEC e de Bolsonaro às universidades, institutos federais e escolas de ensino básico. Além disso, foi debatido a situação do Restaurante Universitário, que a reitoria está propondo fechar “para reforma” nos próximos meses, com a proposta de demitir todos os funcionários do restaurante.

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Na última sexta-feira, 3, cerca de 300 estudantes de diversos cursos se reuniram em frente ao DCE da UFRN para debater a situação política nacional diante dos brutais cortes do MEC e de Bolsonaro às universidades, institutos federais e escolas de ensino básico. Além disso, foi debatido a situação do Restaurante Universitário, que a reitoria está propondo fechar “para reforma” nos próximos meses, com a proposta de demitir todos os funcionários do restaurante.

A assembleia foi convocada no dia anterior por parte do DCE da UFRN, a primeira do ano, e, mesmo assim se expressou uma enorme disposição por parte dos estudantes de responderem à guerra declarada por Bolsonaro pelo obscurantista Weintraub.

Após o anúncio de corte de 30% no orçamento das universidades e institutos federais, Weintraub, contra a sua própria demagogia de que iria “investir esse dinheiro na educação básica”, anunciou o congelamento de R$ 2,4 bilhões da educação básica. Taí a proposta de Bolsonaro para “resolver” o problema da educação: acabar com ela. Pior, mostrou a que veio a sua “nova forma de fazer política” quando disse que se a Reforma da Previdência for aprovada, devolverá o dinheiro à educação.

A reitoria da UFRN divulgou que houve um bloqueio na ordem de 30% nas ações destinadas à manutenção/custeio da universidade e nas ações de investimentos, dentre as quais o fomento às ações de graduação, pós-graduação e pesquisa e à capacitação de servidores. No IFRN o valor do corte chega perto dos 40% nos recursos necessários para o funcionamento e manutenção de toda a rede de institutos.

O nível de ataque coloca em risco o emprego de funcionários e professores, às parcas políticas de permanência estudantil (vide a ameaça de fechamento do RU), e à garantia de condições mínimas de funcionamento das universidades. O ataque ameaça acabar com as federais e pressionar por políticas privatistas, de EAD e outras formas ainda mais precárias de ensino.

Bolsonaro e sua laia querem que escolhamos entre a destruição da educação e trabalhar até morrer e o amplo repúdio ficou expresso na assembleia geral dos estudantes da UFRN. Com falas inflamadas, majoritariamente feitas por mulheres, nossa disposição de luta ficou expressa. A contradição entre a composição da universidade, que segue elitizada e restrita a uma pequena parcela da população esteve presente, colocando a importância de mostrar para a população que as pesquisas produzidas dentro da universidade deveriam estar ao seu serviço.

Além disso, foram erguidas duras críticas à gestão do DCE, composta pelo PT, UJS e Levante Popular da Juventude, que deram o tom à assembleia, e que aprovou por unanimidade a paralisação das atividades acadêmicas no próximo dia 15 de Maio, para se somar ao Dia de Paralisação Nacional em Defesa da Educação, convocado pela CNTE.

O indicativo de paralisação deverá ser votado em cada curso. Ademais, foi deliberado um comitê de mobilização que organize as atividades de mobilização até o dia 15, com panfletagens e passagens em sala, que sejam garantidas pelo DCE e envolvendo os estudantes; se somar ao ato no dia 8 de Maio convocado pelo Instituto Cérebro; um chamado às categorias de educação do Rio Grande do Norte; uma exigência à UNE, a CUT e demais centrais que organizem a paralisação no dia 15 de Maio junto à luta da educação como parte de um plano de luta para que o dia 14/6 seja de fato uma greve geral efetiva.

Até o momento, não houve divulgação das resoluções, sequer a data de uma reunião do comitê que corresponda a urgência de envolver ao máximo de estudantes da universidade nesse momento. Por isso exigimos a imediata publicação das resoluções e do chamado ao comitê de mobilização.

A Puc-RIO, UFES, IFES, já aderiram a paralisação nacional do próximo dia 15, e estão sendo convocadas assembleias de base em muitas das universidades e institutos federais brasileiros para a próxima semana, assim como atividades de mobilização no dia 8. Nós do Esquerda Diário exigimos que sejam construídas assembleias de base em cada local de trabalho e estudo para construir a luta contra o corte de 30% e a Reforma da Previdência. A paralisia da UNE e Centrais Sindicais é criminosa e hoje atuam para isolar os trabalhadores da educação no dia 15/5 e só convocam uma Greve Geral no dia 14/6.

Um método cínico, típico de um governo chantagista e vingativo contra os professores e estudantes, tem sido linha de frente na resposta ao seu projeto obscurantista. Usa o direito a educação e o emprego de milhares de professores e funcionários como moeda de troca para cumprir seu compromisso com os capitalistas que o elegeram. Ao mesmo tempo, tenta dividir os trabalhadores e colocar a opinião pública contra as universidades, alenta a perseguição de professores em sala de aula, que levou ao assassinato de um professor da rede pública de Goiás.

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Marie C, estudante da Ciências Sociais, militante da juventude Faísca e do Esquerda Diário, deixou sua declaração ao site: “A juventude da Argélia, do Sudão, da França, do Chile, tem mostrado em todo o mundo que não está disposta a aceitar a miséria e precariedade da crise capitalista, a monotonia e a repressão de regimes autoritários e que está disposta, como os secundaristas do Fridays For Future, a parar suas aulas toda semana para acabar com a destruição ambiental capitalista. Na assembleia vários estudantes provaram que se desde o #EleNão o movimento estudantil só vive uma passividade porque a UNE fez acreditar não podiamos fazer mais nada a não confiar que as alianças do PCdoB com Rodrigo Maia, do PT com a REDE, ex-partido do reacionário senador Styvenson, e outros partidos defensores da reforma da previdência. Essa juventude que ousa parar tudo nas universidades federais contra a Reforma da Previdência e os ataques educação pode sonhar muito mais do que os acordos de Fátima Bezerra e outros governadores do PT com Guedes para responder a crise capitalista, no estado e no país. É o momento de colocar de pé uma juventude que vá fazer balbúrdia pelo Não Pagamento da Dívida Pública, que sangra trilhões anualmente para o lucro de banqueiros, 1 trilhão só da aposentadoria nos cálculos de Guedes, os "ganhos" com as privatizações, não restando nada para a educação, aos trabalhadores e à juventude. Não Pagamento da Dívida Pública significa combater a opressão imperialista, e garantir os recursos necessários para avançar na perspectiva de uma universidade verdadeiramente a serviço da classe trabalhadora, avessa ao projeto da reitoria de uma universidade gerida por burocratas a serviço dos interesses de monopólios empresariais”

O Esquerda Diário estará promovendo um Cine Debate sobre o documentário "Rebelião dos Pinguins" no dia 10/05, às 13:30H na sala H2 do Setor 2 da UFRN e às 18:30 na Sala 13 do IFRN Cidade Alta, para debater o legado de luta do movimento estudantil chileno de 2011 pela gratuidade do ensino nas universidades.

Calendário Geral:

08/05, às 16h - Mobilização em defesa da ciência
15/05 - Dia Nacional de Luta em Defesa da Educação
16/05 - Assembleia geral dos estudantes da UFRN para balanço do dia 15 e perspectivas

 
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