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USP
SINTUSP impulsiona campanha contra ataque da Reitoria ao Congresso dos Trabalhadores da USP e discute sua realização
Movimento Nossa Classe

Nos dias 22, 23, 24 e 25 de abril de 2019 iria ser realizado o 7º Congresso dos Trabalhadores da USP, porém, a Reitoria, em uma clara política anti-sindical, não reconheceu o Congresso, submetendo às Unidades a decisão da liberação ou não dos trabalhadores e coagiu os trabalhadores a não participar, ao obrigar o pagamento das horas - ou em salário - dos períodos de participação no Congresso.

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Diante desse ataque da Reitoria, retrocedendo em um direito conquistado há anos pelos trabalhadores da USP - que é ter o mesmo direito dos professores de participar de eventos de interesse da comunidade acadêmica e da Universidade sem nenhuma punição - os delegados reunidos em Plenária inicial decidiram suspender o Congresso e iniciar uma campanha contra o ataque anti-sindical da Reitoria e em defesa da realização do Congresso com o direito de participação de todos os 271 representantes eleitos nas suas unidades.

Durante a última semana recebemos centenas de apoios de entidades sindicais e movimentos sociais e populares do Brasil e de mais de 60 países. As Centrais Sindicais reunidas aprovaram uma moção de apoio à realização do Congresso, assim como o Fórum das Seis e a ADUSP apontaram o erro dessa atitude da Reitoria diante da iminência de um ataque profundo à autonomia universitária, como a CPI aberta na ALESP; Centros Acadêmicos como o da Saúde Pública e a Associação dos Moradores do CRUSP (moradia para estudantes da USP) se manifestaram contra essa medida da Reitoria, assim como as bancadas parlamentares do PSOL e deputados do PT; o Coletivo Butantã na Luta e outros movimentos sociais e populares e a Congregação da Faculdade de Educação se posicionaram pela liberação com equidade de todos os representantes eleitos para o Congresso.

Na reunião do Conselho Diretor de Base do SINTUSP foi aprovado o fortalecimento dessa campanha com a exigência de uma Audiência com o Reitor, Prof. Dr. Vahan Agopyian, expandido à demais entidades, parlamentares e movimentos apoiadores. Também foi incluído o combate à política anti-sindical da Reitoria da USP como parte da pauta do Dia Nacional de Luta pela Educação, em que se aprovou indicativo de paralisação.

Para além dessa campanha, foi discutida a necessidade de garantir o Congresso dos Trabalhadores da USP e não permitir que a Reitoria decida sobre nossa organização. Nós, do Movimento Nossa Classe, proponentes da tese “Que os Capitalistas paguem pela Crise” para o Congresso defendemos a necessidade de garantir o combate a esse ataque e a defesa dos nossos direitos conquistados, mas também a necessidade de lutar pela independência política da Reitoria e propor para meados de setembro a realização do Congresso como parte da campanha em defesa da liberdade sindical.

O Conselho Diretor de Base aprovou definir na reunião de junho a data exata e o formato do Congresso baseado no avanço da campanha contra a política anti-sindical da Reitoria. Para nós, do Movimento Nossa Classe, é fundamental lutarmos para barrar esse ataque, que é parte da política nacional de Bolsonaro e de Dória no Estado de São Paulo de atacar os instrumentos de luta dos trabalhadores, seus sindicatos, para facilitar a aprovação de ataques como a reforma da previdência.

Tão importante quanto essa campanha, porém, é garantir a organização dos trabalhadores da USP para as tarefas da luta de classes, e a realização do Congresso é parte crucial de articular a vanguarda dos trabalhadores de todas as unidades para retornar uma política comum e bem debatida para a base, politizando e organizando a categoria para enfrentar os ataques do governo estadual, federal e, também, da burocracia universitária. Por isso defendemos marcar a data do Congresso para meados de setembro e garantir um Encontro pré-congressual com todos os delegados para debater a conjuntura nacional e as tarefas imediatas na construção da greve geral e da luta contra a reforma da previdência.

Chamamos todos os trabalhadores a fortalecer em suas unidades a campanha contra esse ataque da Reitoria ao nosso Congresso, discutindo com os estudantes de sala em sala, passando abaixo-assinado entre os funcionários e propondo às Congregações moções de apoio à liberação dos trabalhadores. Também chamamos os parlamentares, intelectuais, sindicatos e movimentos sociais a proporem junto com o Sindicato uma audiência com o Prof. Dr. Vahan, Reitor da USP, para que ele reveja essa postura e permita a realização do Congresso dos Trabalhadores da USP conforme foi realizado nos últimos 30 anos.

 
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