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PRECARIZAÇÃO LABORAL
Desemprego obriga 4 milhões de brasileiros a sobreviver trabalhando em Uber e iFood
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Na situação atual da economia onde vemos aumentar o desemprego e a precarização laboral, os aplicativos de serviços como Uber, 99, iFood, Glovo e Rappi foram a alternativa de quase 4 milhões de brasileiros que optaram por essa fonte de renda para conseguir sobreviver nas difíceis condições colocadas pela crise econômica. No final das contas é rápido começar a trabalhar a partir destes aplicativos, basta instalar, se cadastrar e seguir as orientações.

Única fonte de renda para uns, complemento para outros, esses aplicativos representam um avanço profundo na precarização laboral e das condições de vida, principalmente da juventude onde o desemprego já supera os 27%.

Esses aplicativos estão presentes na maioria dos países do mundo e se apresentam como a nova cara do trabalho hoje, símbolos da “economia colaborativa” onde sua função é supostamente “conectar usuários”, que disfarça a precariedade desse trabalhos sob a ideia do trabalhador autônomo, “seja você também um empreendedor”, onde as cidades demandam cada dia mais serviços e tendo esse enorme e crescente exército de reserva na juventude, esses apps se aproveitam da tecnologia para levar a exploração capitalista a um outro nível, onde com cada serviço prestado as empresas tem altos lucros e deixam uma percentagem baixíssima ao trabalhador.

Esse processo todo, repetido milhões de vezes ao dia, explorando milhões de jovens sem pagar um só direito laboral. Todos esses jovens colocando em risco a vida pedalando nas bicicletas no trânsito das grandes cidades, sem receber vale transporte, nem ticket refeição, muito menos décimo terceiro. Ao disfarçar o mecanismo de exploração e precarização sob a ideia de só ser uma plataforma que conecta usuários, as empresas se desentendem dessas obrigações com os trabalhadores, e logicamente dificulta as demandas laborais. Os ataques aos direitos trabalhistas no último período contribuem na impunidade dessas empresas ao tempo que a lógica que atravessa o trabalho a partir desses aplicativos dificulta a organização dessa juventude precarizada para lutar em defesa dos seus direitos,de serem reconhecidos como trabalhadores e inclusive da necessidade de um sindicato para representá-los.

Para além das particularidades das condições de precariedade da juventude trabalhadora dos aplicativos de serviços, é preciso enfrentar os ataques aos trabalhadores de conjunto para que não sejam os mais explorados os que paguem por essa crise dos capitalistas. É preciso exigir que as centrais sindicais, as principais, como a CUT e a CTB levantem um plano concreto de luta para derrotar o Bolsonaro e seus ataques e defender os direitos os trabalhadores, tanto dos efetivos, como dos terceirizados e destes setores explorados dos aplicativos. O PT e o PCdoB que dirigem essas centrais sindicais precisam impulsionar assembleias e debates em cada local de trabalho, rompendo sua paralisia criminosa e organizando de fato a luta contra todos os ataques do governo.

 
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