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DCE UFRN esconde processo eleitoral do CONUNE dos estudantes
Redação Esquerda Diário Nordeste

O primeiro CONUNE do governo Bolsonaro está passando cada vez mais por fora dos estudantes. O Congresso é em julho e na UFRN não houve nenhuma divulgação aberta por parte do DCE das datas do processo eleitoral, até hoje nenhum edital foi aberto aos estudantes, mas as inscrições de chapa se encerram no dia 3 de maio, essa semana. Na semana seguinte deverá ocorrer a “campanha” sem nenhum debate público sendo organizado.

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As correntes majoritárias da UNE, as mesmas que compõem o DCE da UFRN, decidiram adiar a data do Congresso, transferindo de um feriado para a semana útil dos dias 3 a 7 de Julho, que coincidem com a última semana de provas e trabalhos da grande maioria dos estudantes universitários e, por três dos cinco dias do evento serem dias úteis, impedem a plena participação da juventude trabalhadora.

Saiba mais: UNE adia data do CONUNE para esvaziar congresso e impedir participação da juventude trabalhadora

Na UFRN, foi convocado um CEB (Conselho de Entidades de Base), que contou apenas com alguns membros dos CAs da universidade, no qual foi decidido uma Comissão Eleitoral de 3 membros para decidir todo o andamento do processo. Desde então, não havendo nenhuma outra reunião que convocasse os estudantes a discutirem sobre o Conune e deliberasse qual a melhor forma de participação estudantis na eleição de delegados, tampouco foi divulgado o edital com as datas das inscrições de chapa e dos debates.

Porém, informalmente está sendo divulgado a informação de que prazo para inscrição de chapas encerra nessa sexta-feira, dia 3, com o período de campanha sendo convocado para a próxima semana, sem sequer um evento público criado para divulgar qualquer debate.

Essa é uma prática típica das correntes que compõem a gestão do DCE, que não atoa fazem parte da direção majoritária da UNE e são vinculadas politicamente ao PT (Kizomba, Todas as Vozes, Juventude do PT, Levante) e a UJS, do PCdoB de Manuela D’Ávila. Para manter a entidade engessada, como fazem desde os anos de governo do PT, organizam as eleições de delegados para o Congresso de modo que seja praticamente impossível que qualquer estudante comum possa se articular para formar chapa ou conhecer todas as concepções que estão presentes no movimento estudantil em debates amplos.

Controlam o processo, silenciam as datas, afim de terem maior garantia de que renovarão suas cadeiras na direção da entidade, para seguir a sua política monótona para o movimento estudantil nacionalmente. A juventude e a classe trabalhadora são alvos deste governo misógino, racista, LGBTfóbico, lacaio do imperialismo norte-americano, que tem como prioridade a reforma da previdência para nos fazer trabalhar até morrer. O congresso nacional de estudantes neste contexto deveria apontar um caminho para fazer a juventude de todo o país emergir como forte oposição política a Bolsonaro.

Nós do Esquerda Diário e da Faísca viemos repudiar esse tipo de atitude consciente do nosso DCE de burocratizar o CONUNE e impedir que ele sirva para organizar os estudantes da UFRN contra os ataques de Bolsonaro. Convocamos o conjunto dos estudantes que vem a necessidade do movimento estudantil estar a altura do desafio que nos é colocado por Bolsonaro, pelo desemprego, pelas dívidas do FIES, pela falta de permanência, assim como a Oposição de Esquerda a se somarem à exigência que sejam adiadas as datas do processo eleitoral do CONUNE.

Exigimos também uma reunião urgente para que os estudantes da UFRN possam decidir sobre a sua participação no processo eleitoral, assim como que seja construída uma assembleia geral dos estudantes com objetivo de organizar a luta contra a reforma da previdência e os ataques do MEC às humanas e a educação, frente à convocatória de greve nacional da educação no dia 15 de Maio.

A oposição de esquerda, deveria fazer frente a esse tipo de postura da burocracia e romper com a sua política de convivência pacífica com a majoritária, como tem feito em nome da “unidade”, que deixa a burocracia da UNE impune de sua traição. Inclusive, setores da oposição recorrentemente repetem o mesmo método da majoritária, como na PUCRS onde o DCE publicou o edital dois dias antes de acabar o prazo de inscrição de chapas! Lá não é UJS que controla o DCE, é PSOL e PCB.

Editorial: As perspectivas para uma juventude marxista e revolucionária rumo ao 57º Congresso da UNE

 
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