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ISRAEL - PALESTINA
Soldado israelense disparou em jovem palestino que estava amarrado e com olhos vendados
Diego Sacchi

As imagens foram captadas por um fotógrafo e mostram a violência diária contra a população palestina em territórios ocupados.

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Um instante, uns minutos, apenas um momento que se repete diariamente em terras palestinas sob ocupação israelense. A diferença está no fato de que um fotógrafo palestino captou quando, na quinta, um estudante de 15 anos, Osama Hajarja, terminou ferido por um disparo de um soldado israelense.

As imagens mostram o instante em que o menino tenta escapar correndo -as mãos amarradas nas costas, os olhos cobertos por um pedaço de pano- enquanto os soldados empreendem a perseguição. Um vídeo capturou momentos posteriores ao disparo e mostra militares de uma unidade de elite de comandos, um deles está portando um fuzil de franco-atirador, que se enfrentam aos palestinos que socorrem ao adolescente ferido.

Se não fosse pela câmera de Mohammad Hmeid, o tiro que recebeu Osama teria ficado no anonimato em outro capítulo da violência que exerce Israel nos territórios palestinos ocupados desde 1967.

As imagens do momento em que um soldado dispara ao jovem que está amarrado e com os olhos vendados recorrem os meios de comunicação israelenses no primeiro final de semana da Páscoa judaica.

O escritório do porta voz do Exército israelense justifica a ação dizendo que “”o lançamento de pedras pôs em perigo a vida de civis (israelenses) e dos soldados, que responderam com meios anti distúrbios e prenderam um manifestante”. O fato é que o adolescente havia sido detido por participar em um protesto na Cisjordânia, contra o avanço da ocupação de terras palestinas por parte de assentamentos de colonos israelenses em Tekoa, ao sudeste de Belém.

“O incidente será investigado”, asseguram desde o Exército. Mas a realidade é que não se trata de um fato isolado, é parte de um verdadeiro Apartheid que impõe Israel contra a população palestina.

Uma política de ocupação que durante a última campanha eleitoral foi revivida pelo principal candidato Benjamin Netanyahu, que prometeu neste domingo a anexação das colônias israelenses em solo palestino ocupado. Se tratou de um chamado de último momento para tentar fortalecer sua posição diante dos ultraortodoxos, nacionalistas e de extrema direita, que compõem grande parte dos partidos entre os quais será fragmentado o novo parlamento.

Netanyahu se prepara para conseguir apoio de uma coleção de partidos racistas, fascistas, ultraortodoxos, neoliberais, muitos dos quais são destacamentos ainda mais radicais, como o chamado Poder Judaico que faz apologia aberta à violência contra os árabes e defende a expulsão dos palestinos. Anunciando que o quinto governo de Netanyahu será ainda mais de direita que os anteriores.

Os crimes do Estado de Israel contra o povo palestino são cada vez mais difíceis de ignorar, desde os grandes massacres, até o castigo coletivo diário ao qual é submetido o povo palestino sob ocupação.

Como demonstrou o historiador de origem judaica, Ilan Pappé, a fundação do Estado de Israel foi um “feito colonial” baseado na “limpeza étnica” do povo palestino. Pappé assegura que “Israel converteu a Palestina na maior prisão do mundo” em base à ocupação e na perpetuação do terrorismo de Estado, que define como “genocídio incrementado”. Esta situação colonial é reforçada com Trump-Netanyahu.

 
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