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GOVERNO BOLSONARO
Bolsonaro e Guedes discutem aumento do diesel. Quem pagará essa conta?
Redação

Está acontecendo hoje um encontro no Palácio do Planalto chamado por Onyx Lorenzoni (Casa Civil) para que se discuta quem pagará a conta do diesel no país. As reuniões contarão com Bolsonaro, Paulo Guedes, o Ministério de Minas e Energia, o BNDS e a Petrobras.

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Preocupado com os "ânimos" dos caminhoneiros que mostraram insatisfação com o aumento do diesel que se daria na semana passada, na última sexta-feira, 12, Bolsonaro admitiu ter interferido no reajuste de preços de diesel em 5,7%, telefonando para o presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, para pedir o cancelamento do aumento do óleo diesel. Paulo Guedes afirmou não ter sido informado sobre a decisão do presidente, mas logo se antecipou dizendo que era possível "consertar", caso Bolsonaro fizesse alguma coisa "que não seja razoável" na economia (1). Por trás da pressão dos caminhoneiros, que novamente ameaçam entrar em greve frente o aumento do combustível, há um grande interesse patronal (inúmeras transportadoras, redes de postos de gasolina, empresas logísticas e o agronegócio) no avanço da privatização dos combustíveis para aumentar seus lucros.

A ação de Bolsonaro causou a maior queda percentual da Petrobras no mercado desde junho de 2018, processo este em que a empresa afirmou ter perdido R$ 32 bilhões em valor de mercado, gerando nova instabilidade no mercado financeiro. A Petrobras afirma que sem repassar o aumento do custo ao consumidor é a própria Petrobrás que assumirá a perda na operação e que isso acarretará contestação dos acionistas no Brasil e no exterior.

Quem pagará a conta do diesel?

O governo encontra-se, então, dividido acerca de qual solução tomar, já que a Petrobras afirma que haverá perdas para a empresa caso não se realize o aumento dos preços do diesel no país. Segundo informações da Folha (2), cogita-se repetir a subvenção utilizada por Temer no ano passado (que utilizou para encerrar a greve dos caminhoneiros), onde os reajustes passaram a ser mensais e o Tesouro Nacional bancava até R$0,30 por litro, em caso de alta do petróleo no mercado externo ou das cotações do dólar. Enquanto que somente se discute os preços do diesel no mercado, mantêm-se os altos preços da gasolina e gás de cozinha para as famílias brasileiras.

Somente a estatização sob controle dos trabalhadores pode garantir a diminuição dos preços, a partir de uma mobilização que imponha a anulação dos altos reajustes de preço dos combustíveis e impeça o avanço das privatizações, tomando os trabalhadores a Petrobras para seu comando. Nem a privatização da empresa, que colocaria a definição dos preços e o volume de recurso da Petrobras na mãos dos empresários, nem o controle da empresa pelos administradores e políticos corruptos que saquearam a Petrobras seja com os militares, o governo FHC ou nos governos petistas é a solução. Para isso, defendemos que todo o petróleo, um importante recurso natural, deve estar à serviço da população e dos trabalhadores, só podendo ser alcançado com a Petrobras 100% estatal sob controle e administração dos trabalhadores e da população. Só assim se poderá reduzir o preço da gasolina e anular o tarifaço. A Petrobras precisa ser retirada das mãos da burocracia, dos interesses dos governos pró-imperialistas e suas políticas de privatização e de entrega dos recursos brasileiros para exploração do capital estrangeiro.

As centrais sindicais, como CUT e CTB, precisam romper com seu imobilismo frente aos ataques que os trabalhadores vêm sofrendo com o governo Bolsonaro, parando de apostar suas fichas somente nas crises internas do governo, organizando os trabalhadores para barrar definitivamente o aumento dos preços não somente dos combustíveis e gás de cozinha, mas para barrar a reforma da previdência, o alto custo dos alimentos, amargados pela população que sofre frente aos baixos salários e alto índice de desemprego. É necessário que sejam os trabalhadores que deem uma resposta à crise dos combustíveis e do país.

Eles querem que nós paguemos pela crise capitalista que eles mesmos criaram. O aumento do custo de vida em todos os âmbitos somado à Reforma da Previdência é para nos explorar mais ainda. Precisamos exigir o fim do pagamento da fraudulenta dívida pública, que condiciona toda nossa economia para os interesses do capital internacional e, enquanto isso, querem que trabalhemos até morrer, para lucrarem mais ainda com nosso suor e sangue.

 
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