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RACISMO DE ESTADO
Assegurando impunidade, Justiça militar julgará os presos pelos 80 disparos contra Evaldo
Redação

Em outras palavras: a investigação do crime será feita pela perspectiva dos próprios acusados, deixando evidente o que devemos esperar: que a polícia e os militares continuarão cumprindo seu papel de assassinos garantindo o racismo institucional.

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Diante do absurdo caso dos 80 disparos efetuados pelos militares contra um carro e que resultou no assassinato de Evaldo dos Santos Rosa pelos militares, o Comando Militar do Leste (CML) divulgou nota no domingo (07) alegando que os disparos foram realizados em resposta a uma "injusta agressão" de "assaltantes".

Frente a imensa repercussão do caso o Comando Militar não teve opção senão voltar atrás em sua nota, e na segunda divulgou outra nota afirmando que tem compromisso com a transparência e repudia "veementemente" excessos ou abusos cometidos por militares. Nesta terça (09), a investigação do Exército identificou "inconsistências" entre a história inicialmente contada pela equipe e informações que chegaram posteriormente ao Comando, efetuando a prisão em flagrante de 10 dos 12 dos militares envolvidos no caso.

Serão esses mesmos setores os responsáveis por conduzir a investigação do caso, uma vez que segundo uma lei sancionada pelo presidente Michel Temer em 2017, crimes dolosos contra a vida, cometidos por militares das Forças Armadas, serão investigados pela própria Justiça Militar. Em outras palavras: os acusados investigarão seu próprio crime!

Ou seja, assim como no caso de Marielle, o que devemos esperar? Que a resposta a este e tantos outros crimes contra a população serão realmente resolvidos? Afinal de contas, a polícia, que sempre cumpriu seu papel de assassina da juventude e da população negra e pobre, bate recordes a cada ano, no número de assassinatos, que cresceu ainda mais sob a Intervenção Federal no estado.

O governador Wilson Witzel é cúmplice dos militares nesse crime, tendo como política o estímulo a ação ostensiva dos policiais e militares, incentivando o gatilho fácil, com declarações como a famigerada "a polícia vai mirar na cabecinha".

Racista Witzel lava as suas mãos sujas de sangue negro e operário assassinados pelos militares

A também em nível federal, tudo tende a reforçar o extermínio da população negra, basta ligarmos com a pressão feita pelo ministro superstar Sérgio Moro e seu ultrarreacionário "pacote anticrime" que nada mais é do que um pacote da legitimação de mortes brutais como essa e do racismo institucional.

Essa crescente ação repressiva também tem respaldo do presidente Jair Bolsonaro, cujo o único pronunciamento em relação ao caso foi legitimar a justiça militar, confiando na sua investigação. Nenhuma surpresa, visto que Bolsonaro está intrinsecamente ligado aos militares, que compõe vastos cargos em seu governo.

Ou seja, o governo Bolsonaro dá carta branca para situações como estas, fortalecendo seus braços armados na pressão aos trabalhadores, responsáveis pelo extermínio da população preta e pobre no Brasil.

 
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