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CONTRA REFORMA PREVIDÊNCIA
Reis da exploração e do agrotóxico escrevem carta exortando Bolsonaro a garantir reforma da previdência
Redação

Quarenta e duas patronais do campo e a FIESP se reuniram para enviar uma carta a Bolsonaro apoiando sua reforma da previdência que trucida o direito dos trabalhadores se aposentarem.

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Quarenta e duas patronais do campo e a FIESP se reuniram para enviar uma carta a Bolsonaro apoiando sua reforma da previdência que trucida o direito dos trabalhadores se aposentarem.

A carta é assinada pela Confederação Nacional da Agricultura, pela Aprosoja, pela Abifumo, pela FIESP e várias outras entidades. A carta reafirma o gigantismo destes patrões, que representam 90% do agronegócio brasileiro, e juntos dos empregos indiretos alegam empregar 18 milhões de pessoas. Alegam também que só eles são responsáveis por 40% da expansão mundial da produção agrícola.

Nada mais natural para aqueles que lucram bilhões ano a ano empregando trabalhadores precários, intermitentes, boias-frias, trazendo famílias e mais famílias de cidades do interior do nordeste para trabalhar doze ou mais horas por dia em suas fazendas com um salário de miséria, e, às vezes até mesmo em condições análogas à escravidão. Nada mais do que o esperado para entidades patronais que além de lucrarem no trabalho precário extraem suas riquezas de vastíssimos latifúndios, herdados dos tempos coloniais e da escravidão, ou, dados de presente pela ditadura militar – como aconteceu em todo centro-oeste.

Veja na íntegra a carta neste link

Os barões da soja, do gado e do agrotóxico aplaudem e pressionam o Congresso e Bolsonaro para garantir, o quanto antes a reforma a retirar direitos dos trabalhadores. Sabem que assim terão que deixar de pagar a parte patronal ao INSS; sabem que mais trabalhadores terão que submeter a trabalhar até morrer e assim seus lucros aumentarão.

Estes representantes patronais da devastação ambiental, dos lucros e da exploração também se interessam em garantir que o Estado tenha mais dinheiro livre para pagar a trilionária e criminosa dívida pública, modalidade favorita de investimento de todos capitalistas no país. Garantem lucros anuais às custas de todo o país.

De forma indireta e diplomática afirmam em sua carta que Bolsonaro e o Congresso precisam trabalhar melhor pela reforma, do contrário essa carta sequer seria necessária, e ela acontece depois de importantes crises entre a Lava Jato e o Congresso e o Congresso e o governo. Momentaneamente a crise parece estar sanada e caminham juntos para levar os trabalhadores à degola de seus direitos. Mas na dúvida as previdentes patronais do campo enviaram esta carta pública de apoio e pressão, se estivessem tão confiantes nem precisariam da carta, nem muito menos terminar a mesma com uma irônica frase sobre “confiança”: “Temos confiança que este Governo e essa Legislatura serão capazes de nos dar a esperança de um futuro muito melhor para nosso filhos e netos. Mas precisamos semear e cultivar para colher.”

Trata-se de apoio e pressão para lembrar os congressistas e Bolsonaro de para que seus patrões os querem em seus cargos: para atacar os trabalhadores, liquidar leis de defesa do meio ambiente e entregar mais e mais recursos do país ao imperialismo.

São gigantes e querem mais e mais lucros aos custos do país todo e especialmente dos trabalhadores.

Essa carta reafirma o sentido que estas mesmas patronais viram no golpe institucional, em sua continuidade com a prisão arbitrária de Lula e nas eleições manipuladas pelo judiciário que colocaram o reacionário Bolsonaro no Planalto. O sentido para a CNA, para a FIESP, para a APROSOJA é claríssimo: garantir ataques ainda maiores do que aqueles que o PT vinha fazendo, e o nome do principal ataque é a reforma da previdência.

Frente a tamanho ataque e pressão-aplauso das patronais do latifúndio, do trabalho precário e do agrotóxico é necessária organizar a luta da classe trabalhadora, o oposto do que vem fazendo o PT e as centrais sindicais. O PT contenta-se em discursos parlamentares e ficar observando as brigas dos de cima, deixando passar os ataques enquanto se preparam para ser uma viável alternativa eleitoral daqui a anos, com nossos direitos já pisoteados. As centrais sindicais por sua vez, reúnem-se periodicamente só para reafirmar que nada farão, organizarão um primeiro de maio juntas, e enquanto isso a reforma vai tramitando no Congresso, as desavenças de Maia e Moro vão se resolvendo, etc. é preciso exigir o fim dessa trégua e organização de um plano de luta verdadeiro, e lutar para retomar os sindicatos para a luta de classes. Do contrário entregaremos mais de nossas vidas aos criminosos donos de nossa terra.

 
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