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GREVE GERAL NA FRANÇA
Dezenas de milhares marcham na França em uma nova greve geral contra Macron
Redação

Nas principais cidades do país, foram realizados atos e manifestações exigindo melhores salários e contra a reforma da previdência que Macron quer impor.

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Dezenas de milhares de pessoas se mobilizaram nesta terça-feira (19) nas ruas da França, no marco de uma convocação de greve feita por dois dos grandes sindicatos (CGT e FO), para reivindicar aumentos salariais, medidas a favor de um maior poder de compra e contra o governo de Macron.

Em Paris, onde ocorreu a principal concentração, 50.000 pessoas se mobilizaram de acordo com a Confederação Geral do Trabalho (CGT). A marcha na capital, se desenvolveu sem incidentes, enquanto outros 150 atos ocorreram em todo o país em uma jornada à qual também se somaram outros centrais sindicais e organizações estudantis.

Em suas reivindicações, a CGT deu prioridade ao aumento do salário mínimo até 1800 euros brutos e à abertura de negociações salariais em empresas e administrações públicas, enquanto o secretário geral da FO, Yves Veyrier, aproveitou para lançar uma advertência sobre a reforma da previdência planejada pelo presidente Emannuel Macron.

O debate sobre a reforma da previdência tomou força nestes dias devido a algumas declarações da ministra da Saúde e Solidariedade, Agnès Buzyn, que no domingo disse: “um dia seremos obrigados a trabalhar mais porque, caso contrário, nosso sistema previdenciário não poderá suportar”.

Essas declarações foram bem recebidas pela patronal, mas não pelos sindicatos, que consideram que elas questionam as promessas de Macron, que havia assegurado que a reforma não modificará os 62 anos como idade para aposentadoria voluntária.

A mobilização aconteceu poucos dias depois da última jornada de manifestações dos Coletes Amarelos, onde se viu uma forte repressão policial e uma dura resistência dos manifestantes. Após esse dia, o governo francês anunciou na segunda-feira uma medida autoritária que não permitirá manifestações dos Coletes Amarelos na avenida parisiense de Champs Elyseès nem em outros lugares indicados se suspeitar que possam voltar a repetir os confrontos.

Na terça, os principais sindicatos que se mobilizaram foram os que reúnem professores e funcionários públicos, mostrando uma crescente predisposição de setores dos trabalhadores em ir às ruas para enfrentar as medidas do governo. Segundo uma pesquisa do instituto Odoxa, cerca de 73% dos cidadãos apoiam a mobilização organizada pelos sindicatos.

Macron não tem a intenção de impedir a aplicação de seu plano neoliberal, ameaçando com uma nova reforma trabalhista, do sistema de seguro desemprego e da previdência. Se não conseguir continuar seu avanço, isso será produto do freio e da crise aberta pela mobilização dos coletes amarelos.

Se a mobilização dos trabalhadores não terminou de derrotar o ajuste proposto pelo governo, é pela falta de continuidade das greves e da passividade imposta pelas lideranças sindicais. Se os trabalhadores, com seus métodos de luta, se unem à ira social dos Coletes Amarelos, Macron estaria com os dias contados.

 
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